UE exorta partes líbias a por termo a ações militares
Tripoli, Líbia (PANA) - A União Europeia (UE) reiterou o seu apelo a todas as partes líbias para que "parem todas as ações militares e retomem o diálogo político, à luz da escalada em curso, em particular em torno da capital Tripoli".
"Não existe uma solução militar para a crise na Líbia", sublinha a UE, num comunicado postado no site Internet da Delegação da UE, na Líbia.
Os confrontos armados, que ocorrem na periferia de Tripoli desde 4 de abril último, intensificaram-se ainda mais depois de o chefe rebelde, marechal Khalifa Haftar, ordenar que as suas tropas marchassem em direção ao coração de Tripoli.
Na sua nota, a UE salienta a importância de uma solução política como única forma de pôr fim à crise e de negociar "à luz das propostas recentemente apresentadas pelas Nações Unidas".
A UE apela igualmente a todos os membros da comunidade internacional para "observarem e respeitarem o embargo de armas imposto pelas Nações Unidas à Líbia".
Declara o apoio da União Europeia aos esforços do representante especial das Nações Unidas, na Líbia, Ghassan Salamé, e ao processo de Berlim como única forma de relançar o processo político líbio e reconstruir uma Líbia estável e segura.
"Todos os envolvidos no processo de Berlim devem contribuir construtivamente para a busca de uma solução pacífica para o conflito, que preserve a soberania líbia e seja negociada no interesse de todos os líbios", sublinha.
No sábado passado, o alto representante dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, Josep Borrell, falou por telefone com o chefe da diplomacia líbia, Mohamed Taher Siala, tendo realçado "o interesse da UE e dos seus países em apoiar o Governo legítimo na Líbia e os esforços para um cessar-fogo na capital".
Os esforços da comunidade internacional continuam para a Conferência de Berlim marcada para meados de janeiro, para encontrar uma solução política para a crise na Líbia, apesar da persistência de diferenças entre os países participantes devido aos interesses conflitantes que eles defendem.
Reunindo as grandes potências que são membros do Conselho de Segurança, além dos países envolvidos na crise líbia, como a Alemanha, a Itália, a Turquia, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Argélia e a Tunísia, a Conferência de Berlim visa declarar um cessar-fogo e relançar o processo político com vista a chegar a um acordo entre os beligerantes líbios.
-0- PANA BY/DIM/IZ 25dez2019