UE exige inquérito urgente sobre assassinato de advogada líbia em Benghazi
Tripoli, Líbia (PANA) - A delegação da União Europeia (UE) na Líbia e as missões diplomáticas dos Estados-membros da UE acreditadas, em Tripoli, condenaram com veemência o assassinato da advogada líbia Hanan al-Barrasso, em Benghazi (leste), reclamando por um inquérito “urgente e sério”.
"Condenamos com firmeza o assassinato hediondo de Hanan al-Barassi, uma eminente advogada e militante líbia, ontem em Benghazi”, sublinharam os diplomatas num comunicado publicado esta quarta-feira, apelando “às autoridades líbias para abrir com urgência um inquérito credível e levar os autores a Tribunal”.
"A tomada de ativistas, advogados e membros da sociedade como alvos destina-se a fazer calar as vozes independentes na Líbia”, afirmaram os diplomatas europeus, acrescentando que “ a persistência de assassinatos, raptos e outros atos criminosos ameaça o processo de paz e mina os numerosos esforços envidados para a estabilidade e a Justiça, na Líbia”.
A nota refere que a UE apoia a imensa maioria dos Líbios "que rejeitam a violência e o terrorismo, estão opostos às violações dos direitos humanos, querem uma inclusão e uma participação das mulheres e estão reunidos num diálogo pacífico e patriótico”.
No comunicado, os diplomatas europeus apresentaram as suas mais condolências à família da finada Hanan al-Barassi.
Advogada e militante dos direitos humanos, Hanan al-Barassi foi assassinada terça-feira à tarde, a tiro, em plena rua 20, no centro da cidade de Benghazi, por um grupo de homens armados desconhecidos.
Este assassinato suscitou uma indignação generalizada, tanto no interior como no exterior do país, numa altura em que esforços estão a ser envidados no quadro do Fórum do Diálogo Político, iniciado segunda-feira, em Túnis, com vista a elaborar um roteiro para resolver a crise e restabelecer a estabilidade neste país da África Setentrional exposto à violência, há uma década.
-0- PANA BY/JSG/FK/IZ 11nov2020