UE exige envio de missão política de alto nível da CEDEAO à Guiné-Bissau
Paris, França (PANA) – O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrel, defendeu o envio de uma missão política de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) à Guiné-Bissau, para resolver a crise pós-eleitoral com que o país está confrontado.
Borrel diz que a UE apoia o papel de mediação desempenhado pela CEDEAO, na Guiné-Bissau, bem como os esforços de concertação que realiza junto do Tribunal Supremo e da Comissão Eleitoral Nacional.
A UE é favorável ao desdobramento de uma missão política de alto nível da CEDEAO, em Bissau, para contribuir para acelerar os esforços visando resolver a crise pós-eleitoral, declarou Josep Borrell.
A UE apelou a todas as partes para respeitar o quadro jurídico e constitucional para resolver a crise pós-eleitoral, priorizar o diálogo e abter-se de qualquer ação unilateral suscetível de exacerbar as tensões, "porque o processo ainda não está finalizado, e todas as partes devem tomar isso em conta", soublinhou.
Acrescentou ser importante que as forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau não interfiram no processo e que a missão levada a cabo pela CEDEAO na Guiné-Bissau, a ECOMIB, garanta a segurança das instituições e órgãos do Estado.
Um braço de ferro opõe o autoproclamado Presidente Umaro Sissoco Embaló, líder do partido Madem G15, a Domingos Simoes Pereira, candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no termo das eleições presidenciais 24 de novembro e 29 de dezembro de 2019.
Depois da segunda volta, a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) deu vitória a Embaló com 53,55 por cento dos votos contra 46,45 por cento de Pereir, que denunciou "fraude" e apresentou recurso ao Tribunal Supremo de Justiça.
Depois de uma nova verificação, a CNE confirmou a vitória de Umaro Sissoco Embaló mas Simões Pereira voltou a recorrer para a Justiça.
Antes da decisão final do Tribunal para resolver o contencioso, Embaló autoproclamou-se Presidente da República e nomeou a sua equipa governativa, levando à existência de dois Governos
-0- PANA BM/IS/SOC/MAR/IZ 15março2020