Agência Panafricana de Notícias

UE e FAO restauram mais de 800 hectares de floresta em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) manifestaram a sua disponibilidade para restaurar mais de 800 hectares de floresta degradada, nas ilhas cabo-verdianas de Santiago, Fogo e Boa Vista.

Em declarações à imprensa, o chefe de Cooperação da Delegação da UE em Cabo Verde, Pedro Campo Lopis, e a representante da FAO no país, Ana Touza, após uma visita às intervenções feitas em Serra Malagueta (Santa Catarina), enalteceram os ganhos já alcançados no domínio da reflorestação em diversas ilhas do arquipélago.

O projeto de reforço da capacidade de adaptação e resiliência no setor florestal, em Cabo Verde, designado abreviadamente por REFLOR-CV, é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela UE e executado pela FAO.

Para além da zona florestal da Serra Malagueta, os representantes da FAO e da UE visitaram ainda as intervenções do projecto REFLOR-CV nas  comunidades de Longueira (São Lourenço dos Órgãos) e Rui Vaz (São Domingos).

Nesta deslocação, fizeram-se acompanhar dos responsáveis do Ministério da Agricultura e Ambiente e da equipa do projeto, bem como de membros de todas as instituições parceiras. 

O principal objetivo é o de aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra, em Cabo Verde.

Segundo o representante da UE, a implementação desse projeto “valeu a pena” e é “importante, tendo em conta que este principal parceiro de Cabo Verde assim como o arquipélago têm “um compromisso muito firme” na luta contra as mudanças climáticas.

“Este projeto é muito importante, porque além de preservar o meio ambiente, as espécies endémicas nacionais, proteger as áreas protegidas, ainda tem um benefício direto às comunidades beneficiadas”, destacou.

Tendo em conta que o projeto REFLOR-CV termina no final deste ano, este responsável manifestou a intenção da UE em dar continuidade ao mesmo após o seu término, prevendo a sua abrangência a mais áreas protegidas, como as reservas da biosfera, nas ilhas do Fogo e do Maio.

Por seu turno, a representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, também mostrou-se “satisfeita” com o que viu no terreno, destacando o “bom resultado” a nível da plantação que está a atingir os 90 por cento.

Ela destacou ainda o “bom trabalho” a nível da gestão do solo, sublinhando que manter a qualidade do mesmo é “muito bom” para construir a resiliência.

Por tudo isso, admitiu a possibilidade da continuidade do referido projeto, que, conforme esclareceu, é resultado do trabalho “muito bem feito” pelas comunidades, sobretudo das mulheres.

-0- PANA CS/IZ 07março2021