Agência Panafricana de Notícias

UE desembolsa 53 milhões de euros para setor de saúde do Zimbabwe

Harare, ZimbabWe(PANA) - A União Europeia (UE) disponibilizou 53 milhões de euros para ao Zimbabwe a fim de reforçar a saúde e a resiliência, soube a PANA de fonte segura em Harare.

O fundo foi disponibilizado poucos dias depois de a UE ter sido acusada de impor sanções destrutivas ao Zimbabwe.

O Governo do Zimbabwe organizou sexta-feira seu primeiro dia anti-sanções com o objetivo de as levantar, reconhecendo assim o seu atual estatuto socioeconómico.

Nessa ocasião, o Presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, e o seu Governo acusaram a UE e os Estados Unidos de imporem estas sanções ao seu país.

"Esta nova verba de 53 milhões de euros ilustra  um outro exemplo do apoio inabalável da UE ao povo do Zimbabwe. Estamos a atravessar um período socioeconómico difícil, e reforçar o nosso apoio aos setores críticos, tais como os cuidados de saúde primários, bem como o reforço da resiliência", declarou Neven Mimica, comissário europeu responsável pela Cooperação Internacional e o Desenvolvimento.

"Este novo pacote eleva a carteira de desenvolvimento da UE a 287 milhões de euros para o período de 2014-2020 e confirma o estatuto da UE e dos seus Estados-Membros como o maior doador no Zimbabwe".

A UE afirmou que o novo fundo apoiará a capacidade do sistema de cuidados de saúde primários para dar resposta às necessidades mais urgentes.

Esta oferta surge numa altura em que o setor da saúde do Zimbabwe enfrenta uma série de problemas relacionados como o aumento dos custos dos cuidados de saúde para  profissionais de saúde confrontados com  salários derisórios que continuam a perder o poder de compra.

A ajuda chegou numa altura em que o país enfrenta uma crise humanitária e económica permanente, com quase três quartos da população a viver abaixo do limiar da pobreza em resultado de problemas económicos e sociais.

A UE afirmou que o pacote recentemente anunciado vai reforçar os sistemas nacionais de saúde e promover a igualdade de acesso aos serviços de saúde, nomeadamente numa perspetiva de género.

"Os fundos serão canalizados através do Fundo para o Desenvolvimento da Saúde, gerido pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância)", afirmou a UE.

"O novo pacote também ajudará famílias e comunidades que enfrentam pressões ambientais e económicas recorrentes, reforçando as suas capacidades de lidarem com choques de insegurança alimentar e nutricional.

-0- PANA TZ/VAO/ASA/BEH/DIM/DD 29out2019