Agência Panafricana de Notícias

UE condiciona intervenção na Líbia à autorização da ONU

Tripoli, Líbia (PANA) – A União Europeia (UE) apenas intervirá na Líbia e no Mar Mediterrâneo após uma resolução das Nações Unidas que autoriza uma operação militar contra os traficantes de seres humanos, afirmou Catherine Ray, porta-voz da alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini.

A alta comissária da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança indicou, precedentemente, não ser fácil obter uma autorização para uma ação militar contra os traficantes na Líbia.

Por seu lado, a porta-voz de Federica Mogherini desmentiu, numa declaração à imprensa segunda-feira, que a ação que Bruxelas tenciona lançar seja uma intervenção militar.

Segundo ela, trata-se duma operação no quadro da política europeia de defesa e segurança.

« Fazemos esse trabalho em outros países », lembrou Catherine Ray, explicando que a União Europeia não negligenciará a conjuntura líbia pois a operação não está dirigida contra um país em particular.

Ela afirmou que a UE apoia a formação dum Governo de União Nacional na Líbia.

A Comissão Europeia anunciou uma reunião prospetiva, segunda-feira na cidade italiana de Sicília, agrupando a alta representante da UE para a Política Estrangeira, Frederica Mogherini, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para falar sobre o que a UE pode fazer para resolver o problema dos migrantes ilegais.

A Itália, principal vítima da onda de imigração clandestina, comprometeu-se a mobilizar a comunidade internacional, nomeadamente as Nações Unidas, para obter a autorização de destruir os barcos obsoletos dos traficantes de imigrantes antes da sua partida para a Europa.

Ban Ki-moon declarou à imprensa italiana que as Nações Unidas não podiam autorizar uma intervenção militar contra os atores do tráfico de seres humanos na Líbia, pondo em dúvida a eficácia desta iniciativa para conter a onda de migrantes para a Europa a partir das costas líbias.

O Secretário-Geral da ONU defendeu uma abordagem global que tenha em consideração todos os aspetos desta problemática.

-0- PANA BY/JSG/FK/TON 28abril2015