Agência Panafricana de Notícias

UE aumenta ajuda humanitária a refugiados do Burundi

Bruxelas, Bélgica (PANA) - A Comissão Europeia concedeu quatro milhões e 500 mil euros de ajuda humanitária para apoiar um número crescente de refugiados do Burundi ns países vizinhos, anunciou quinta-feira última um comunicado de imprensa da referida entidade.

Trata-de, segundo a nota, de mais de 175 mil pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, que já deixaram o seu país.

"Não podemos negligenciar a situação humanitária que se deteriora afetando o Burundi. Os dados sobre os refugiados aumentaram nos últimos três meses, o que é um grave assunto de preocupação numa região já frágil", alertou o comissário da UE para a Ajuda Humanitária e Gestão das Crises, Christos Stylianides.

Acrescentou que este financiamento humanitário suplementar da UE vai ajudar os países vizinhos a acolherem os refugiados e responderem às necessidades mais urgentes. É um sinal forte de solidariedade da UE para com as pessoas mais vulneráveis numa situação difícil, para além do seu controlo", acrescentou a responsável.

Vjristos Stylianides realçou. no entanto, "a generosa hospitalidade dos países da região que acolheram os seus vizinhos Burundeses".

O aumento do financiamento da UE eleva a ajuda humanitária total, para a região dos Grandes Lagos em 2015, a 56 milhões e 600 mil euros, revelou.

Segundo o comunicado, a ajuda fornecida principalmente aos refugiados burundeses estima-se em nove milhões de euros desde o fim de abril último, quando o seu número começou a aumentar.

Alguns campos de refugiados já estão sobrepovoados e os riscos de saúde agravam-se continualmente lê-se no documento.

O Rwanda, a Tanzânia, a República Democrática do Congo (RDC) e o Uganda registaram fluxos de refugiados do Burundi desde abril último que, quando chegam, falam da intimidação, de ameaças e do medo da violência como as razões da sua fuga, de acordo com a fonte.

A Tanzânia é, até agora, o principal país de acolhimento com perto de 80 mil refugiados burundeses, seguida pelo Rwanda com 71 mil e 158), pela RDC com 13 mil e 368 e pelo Uganda com 11 mil e 165.

As necessidades humanitárias mais urgentes a satisfazer nos países de acolhimento são o alojamento, o abastecimento de água e instalações sanitárias, bem como a assistência médica para se conter o aumento possível das doenças e epidemias, nomeadamente a cólera, disse o comunicado..

-0- PANA AK/BEH/JEN/AR/MTA/IS/SOC/MAR/DD 31julho201