Agência Panafricana de Notícias

UA pretende estabelecer laços mais estreitos com China

Addis Abeba- Etiópia (PAA) -- A União Africana (UA) anunciou quarta-feira estar disposta a estabelecer relações comerciais e de natureza mais estreita com a China, que qualificou de "bom amigo de África".
O vice-presidente da Comissão da UA, Erastus Mwencha, declarou que a China concedeu uma ajuda financeira maciça à África além doutras formas de apoio e que ela ajuda o continente a fazer face à crise financeira mundial.
Afirmou que a ajuda chinesa, contrariamente à assistência ocidental tradicional, não é acompanhada de condições draconianas.
"A China foi sempre uma verdadeira amiga de África", sublinhou Mwencha, citando o exemplo dum empréstimo de 10 biliões de dólares americanos com condições preferenciais concedido recentemente a países africanos para os ajudar a controlar os efeitos da crise financeira mundial.
"A China concede uma assistência sob diversas formas a vários países africanos, o que os ajudou a fazer face à crise", revelou Mwencha.
Sublinhou que a China está a construir um centro de conferências na sede da UA em Addis Abeba, orçado em 130 biliões de dólares americanos.
Adiantou que os países da UA estão dispostos a reforçar as suas relações económicas com a China, mas que por enquanto os intercâmbios inclinam-se injustamente a favor de Beijing.
"A China exporta tudo o que se pode imaginar para África, mas ela importa muito menos do continente, o que deploramos", declarou.
"Queremos que a China importe cada vez mais de África.
Desejamos igualmente que a China invista em África e acrescente valor às matérias-primas que ela importa do continente", Mwencha.
O vice-presidente da Comissão da UA revelou que as duas partes iniciaram negociações para equilibrar os intercâmbios e disse esperar delas um resultado positivo para África.