Agência Panafricana de Notícias

UA pede criação de Governo inclusivo na Guiné-Bissau

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA), Ramtane Lamamra, instou sexta-feira em Addis Abeba, na Etiópia, as autoridades de transição da Guiné-Bissau a criarem rapidamente um Governo inclusivo, afirmando que ele permitiria associar toda a classe política na gestão do país.

"As coisas avançam na Guinée-Bissau. Há uma dinámica interna. Esperamos que haja em breve um consenso sobre o pacto da transição. Deve-se encarar a criação dum Governo inclusivo. A partir daí pode-se preconizar que a data limite para a conclusão da transição a 31 de dezembro próximo será respeitada", explicou Lamamra em entrevista à PANA na capital etiópe.

Segundo Lamamra, a reforma do setor da defesa e segurança deve ser uma prioridade, tal como a luta contra a impunidade e o combate ao tráfico de drogas.

"Trabalhamos nisto e posso assegurar-vos de que o nosso representante especial, que reside em Bissau, envidou até esforços para restaurar a unidade do Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) para que este partido, que detém um lugar central na vida política, resgate a serenidade", explicou o comissário para a Paz e Segurança da UA.

"A UA deseja a execução dum plano completo que inclua uma interação entre os diferentes setores", acrescentou.

Um novo roteiro do fim da transição, submetido aos diferentes atores bissau-guineenses no início de maio, prevê, entre outros, eleições gerais o mais tardar antes do final de 2013 e a escolha do presidente da Comissão Nacional das Eleições.

A Guiné-Bissau é dirigida desde o golpe de Estado militar de abril de 2012, que se seguiu à morte por doença em Paris do Presidente Malam Bacai Sanha, por uma autoridade de transição liderada por Manuel Serifo Nhamadjo.

-0- PANA SEI/JSG/CJB/TON 24maio2013