PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA lança Ano da Paz e Segurança em Africa
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- A União Africana (UA) procedeu quarta-feira ao lançamento do Ano da Paz e Segurança em África, reconhecendo ao mesmo tempo que os conflitos em curso nalgumas partes do continente não mostram nenhum sinal de apaziguamento.
Os líderes da UA decidiram decretar 2010 Ano da Paz e Segurança em África durante a sua Cimeira organizada no ano passado na Líbia, esperando que isto permita uma sinergia de esforços para pôr termo aos conflitos e às guerras em curso no continente.
Ao proceder ao lançamento oficial do evento, o presidente da Comissão da UA (CUA), Jean Ping, afirmou que alguns conflitos em África parecem insolúveis, dando o exemplo da crise política em Madagáscar e conflitos sectários na Somália e no Sudão.
"Em 2009, muito sangue derramou devido a conflitos e crises.
Contudo, esperamos que 2012 seja o ano das soluções duradouras e o fim dos processos em curso para garantir a paz, a segurança e o bem-estar dos povos de África", sublinhou o diplomata gabonês.
"Como costumo dizê-lo, o nosso objectivo final é preservar os cidadãos africanos do medo e da pobreza", acrescentou, indicando que a UA está frustrada pela falta de progresso na resolução da crise política malgaxe entre o Presidente derrotado Marc Ravalomanana e o autor do golpe de Estado Andry Rajoelina.
As duas partes comprometeram-se, há longos meses, a negociações, das quais a UA e outros negociadores asseguram a mediação, mas elas permanecem em posições aparentemente inconciliáveis.
"A crise em Madagáscar causou-nos dificuldades.
Nem a adopção da carta de transição, nem os acordos de Maputo e muito menos o acto adicional de Addis Abeba não bastam para resolver o problema da distribuição das pastas ministeriais", sublinhou Ping.
O presidente da Comissão da UA, que acaba de regressar duma nova missão diplomática em Madagáscar, indicou que as duas partes obtiveram um prazo de 15 dias para alcançar um acordo.
Relativamente à Somália, os grupos islamitas Al Shabaab e Hisbul Islam continuam a minar os esforços de paz neste país, rejeitando as propostas de diálogo dadas pelo Presidente Sharif Ahmed a fim de pôr termo ao velho conflito somalí.
Jean Ping formulou a esperança de que o efectivo das tropas de manutenção da paz na Somália seja aumentado a fim de que elas possam garantir a paz e a segurança.
"Al Shabaab e Hisbul Islam continuam a atrasar o processo de reconciliação nacional por ataques repetidos.
Isto agrava a situação humanitária e a de segurança do país", sublinhou o chefe da UA, afirmando contudo haver sinais de progressos a nível dos diferentes conflitos no Sudão com a organização de eleições em Abril deste ano e de dois referendos em 2011.
"Relativamente a Darfur (oeste do Sudão), espero que a aplicação do relatório de Mbeki permita alcançar uma solução duradoura", sublinhou Ping, fazendo referência aos resultados dos esforços de mediação levados a cabo pelo ex- Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, medianeiro neste conflito.
No tocante à Guiné-Conakry, país onde os militares tomaram o poder e que parecia dominar o plano político, o presidente da Comissão da UA congratulou- se com a esperança de um regresso à ordem constitucional tão cedo quanto possível.
Embora a organização continental não possa garantir a paz e a segurança absolutas em África, a Comissão da UA vai esforçar-se por celebrar este ano como uma etapa importante, porque isto permitirá a instalação dum clima socio-político propício a uma paz e uma segurança duradouras em África, estimou Ping.
Ele acrescentou no entanto que "não estamos a afirmar que, em 2010, não haja crise ou conflito em África".
Os líderes da UA decidiram decretar 2010 Ano da Paz e Segurança em África durante a sua Cimeira organizada no ano passado na Líbia, esperando que isto permita uma sinergia de esforços para pôr termo aos conflitos e às guerras em curso no continente.
Ao proceder ao lançamento oficial do evento, o presidente da Comissão da UA (CUA), Jean Ping, afirmou que alguns conflitos em África parecem insolúveis, dando o exemplo da crise política em Madagáscar e conflitos sectários na Somália e no Sudão.
"Em 2009, muito sangue derramou devido a conflitos e crises.
Contudo, esperamos que 2012 seja o ano das soluções duradouras e o fim dos processos em curso para garantir a paz, a segurança e o bem-estar dos povos de África", sublinhou o diplomata gabonês.
"Como costumo dizê-lo, o nosso objectivo final é preservar os cidadãos africanos do medo e da pobreza", acrescentou, indicando que a UA está frustrada pela falta de progresso na resolução da crise política malgaxe entre o Presidente derrotado Marc Ravalomanana e o autor do golpe de Estado Andry Rajoelina.
As duas partes comprometeram-se, há longos meses, a negociações, das quais a UA e outros negociadores asseguram a mediação, mas elas permanecem em posições aparentemente inconciliáveis.
"A crise em Madagáscar causou-nos dificuldades.
Nem a adopção da carta de transição, nem os acordos de Maputo e muito menos o acto adicional de Addis Abeba não bastam para resolver o problema da distribuição das pastas ministeriais", sublinhou Ping.
O presidente da Comissão da UA, que acaba de regressar duma nova missão diplomática em Madagáscar, indicou que as duas partes obtiveram um prazo de 15 dias para alcançar um acordo.
Relativamente à Somália, os grupos islamitas Al Shabaab e Hisbul Islam continuam a minar os esforços de paz neste país, rejeitando as propostas de diálogo dadas pelo Presidente Sharif Ahmed a fim de pôr termo ao velho conflito somalí.
Jean Ping formulou a esperança de que o efectivo das tropas de manutenção da paz na Somália seja aumentado a fim de que elas possam garantir a paz e a segurança.
"Al Shabaab e Hisbul Islam continuam a atrasar o processo de reconciliação nacional por ataques repetidos.
Isto agrava a situação humanitária e a de segurança do país", sublinhou o chefe da UA, afirmando contudo haver sinais de progressos a nível dos diferentes conflitos no Sudão com a organização de eleições em Abril deste ano e de dois referendos em 2011.
"Relativamente a Darfur (oeste do Sudão), espero que a aplicação do relatório de Mbeki permita alcançar uma solução duradoura", sublinhou Ping, fazendo referência aos resultados dos esforços de mediação levados a cabo pelo ex- Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, medianeiro neste conflito.
No tocante à Guiné-Conakry, país onde os militares tomaram o poder e que parecia dominar o plano político, o presidente da Comissão da UA congratulou- se com a esperança de um regresso à ordem constitucional tão cedo quanto possível.
Embora a organização continental não possa garantir a paz e a segurança absolutas em África, a Comissão da UA vai esforçar-se por celebrar este ano como uma etapa importante, porque isto permitirá a instalação dum clima socio-político propício a uma paz e uma segurança duradouras em África, estimou Ping.
Ele acrescentou no entanto que "não estamos a afirmar que, em 2010, não haja crise ou conflito em África".