UA exige cessação de hostilidades na Etiópia
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, apelou para a cessação imediata das hostilidades, na Etiópia, e o pleno respeito pelas vidas e propriedades dos civis, bem como pelas infraestruturas estatais.
Num comunicado, Mahamat também exortou as partes em conflito a desencorajar os seus apoiantes de cometer atos de represálias contra qualquer comunidade e de todo discurso de ódio e incitamento à violência e à divisão.
Disse ter acompanhado com "profunda preocupação" a escalada do confronto militar na Etiópia e exortou todas as partes a salvaguardar a integridade territorial, a unidade e a soberania nacional da Etiópia.
Instou ainda as partes a iniciarem um diálogo a fim de encontrar uma solução pacífica no interesse do país, référé I'm comunicado da União Africana (UA).
Mahamat lembrou às partes as suas obrigações internacionais em termos de respeito ao Direito Internacional Humanitário e aos direitos humanos, em particular no que diz respeito à proteção dos civis e ao acesso de comunidades necessitadas à ajuda humanitária.
Ele reiterou o compromisso contínuo da UA de trabalhar com as partes para um processo político consensual.
Para o efeito, exortou as partes a dialogarem com o Alto Representante da UA para o Corno de África, o ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.
O Governo etíope declarou o estado de emergência enquanto os rebeldes da Frente Popular para a Libertação de Tigré (TPLF) continuam a tomar novas cidades na sua marcha para a capital, Addis Abeba.
Vários países e organizações pediram um cessar-fogo. O enviado especial dos Estados Unidos ao Corno de África, Jeffrey Feltman, chega a Addis Abeba na quinta-feira para ocupar-se da crise etíope.
A expansão das operações de combate e da violência entre as comunidades nas regiões da Etiópia levanta preocupações, uma vez que continuam a ser feitos apelos a todos os etíopes para se comprometerem com a paz e a resolução de queixas através do diálogo.
Na quarta-feira, os Estados Unidos pediram aos seus cidadãos para "encarar seriamente" deixar o país à medida que a situação de segurança se deteriora e os rebeldes ameaçam aproximar-se da capital.
Há relatos de diplomatas, estrangeiros e cidadãos n'axions is que começam a deixar a Etiópia em voos comerciais.
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, reuniu-se com os seus compatriotas contra a TPLF no domingo, instando-os a usar "todas as armas e todos os poderes para prevenir, derrubar e enterrar a terrorista TPLF que veio destruir o país".
-0- PANA MA/BAI/IS/MAR/IZ 04nov2021