Agência Panafricana de Notícias

UA envia emissário especial a Madagáscar

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, enviou um emissário especial, Amara Essy, a Madagáscar para tentar pôr termo à crise política na maior ilha do Oceano Índico.
Essy, que foi durante pouco tempo presidente interino da Comissão da União Africana logo depois da mudança da denominação da Organização da Unidade Africana (OUA), vai deslocar-se imediatamente a Madagáscar para pedir às partes adversas para porem termo à crise.
Ping disse que o emissário especial, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Côte d'Ivoire, vai a breve trecho chegar a Antananarivo para começar a explorar as vias e meios de pôr fim à crise política.
O Presidente de Madagáscar, Marc Ravalomanana, está em conflito com o presidente da Câmara Municipal de Antananarivo, Andry Rajoelina, que pediu aos seus partidários para se oporem ao regime de Ravalomanana, eleito em 2006, por suas políticas "ditatoriais".
O primeiro-ministro de Madagáscar disse que o Presidente estava pronto para se avistar com o chefe da oposição mas que Rajoelina, que estava ainda à frente da Câmara Municipal de Antananarivo, foi exonerado um pouco depois.
Pelo menos 130 pessoas morreram nas violências política que eclodiram nesta ilha do Oceano Índico.
Domingo, a policia anti-motim patrulhava nas ruas da capital onde os amotinadores continuavam a agrupar-se.
Ping, num comunicado domingo, disse que os políticos devem dar prova de moderação e abster-se de qualquer acto susceptível de agravar a situação.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, já enviou um emissário a este país para ajudar a encontrar uma solução política para a crise.
Os políticos malgaxes acusam Rajoelina de ter incitado os amotinadores a desafiarem a autoridade do Presidente Ravalomanana mas o Governo sustenta que este último é tão popular que numerosas pessoas se recusaram a seguir a oposição.
Madagáscar foi sacudido por uma série de greves desde que a oposição pediu aos seus partidários para não aceitar mais que o Governo continue a desrespeitar os direitos humanos.
No entanto, o Governo defende que a balança económica permanece sólida e que o apelo da oposição para a amotinação será punido conforme à lei.