Agência Panafricana de Notícias

UA e Commonwealth enviam observadores eleitorais à Nigéria

Abuja, Nigéria(PANA) – A cinco dias das eleições presidenciais e para o Parlamento Federal na Nigéria, a União Africana (UA) e a Commonwealth (comunidade anglófona) anunciaram segunda-feira o desdobramento total das suas missões de observação para supervisionar e controlar os escrutínios.

A UA iniciou um curso de formação de um dia para as suas equipas de observação, sobretudo sobre questões ligadas ao código de conduta para as suas operações.

Os membros das equipas de observação foram instado, durante esta formação realizada em Abuja, para a necessidade de guardar neutralidade, respeito pela soberania da Nigéria e pelas leis nacionais e internacionais em matéria de direitos humanos.

A sessão de formação envolveu o respeito pelas diversidades e pelas sensibilidades culturais do povo nigeriano.

A equipa da Commonwealth, que agrupa 10 observadores e seis elementos do pessoal de apoio, é liderada pelo ex-Presidente do Malawi, Bakili Muluzi. Um outro grupo de observadores composto por quatro membros da Commonwealth é dirigido por Ellen Seckold, da Austrália.

Falando durante uma conferência de imprensa realizada em Abuja, Muluzi exprimiu a sua satisfação à Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC) da Nigéria pela garantia dada segundo a qual eleições vão realizar-se como previsto para este sábado.

« Eu e os meus colegas observadores nos reunimos com o presidente da INEC, Attahiru Jega, para cada obter mais informações sobre os preparativos do escrutínio. Nos próximos dias vamos reunir-nos com outras partes, incluindo representantes dos partidos políticos, das instituições independentes, da sociedade civil e dos parceiros internacionais e os embaixadores da Commonwealth”, declarou.

Muluzi notou que depois da reunião com as partes a missão vai desdobrar-se no país, mas vai trabalhar com outras missões de observação já que os seus efetivos não podem cobrir as eleições em todo o país.

« Vamos assistir o encerramento da campanha eleitoral e observar o escrutínio, o processo de contagem e de publicação dos resultados. Vamos velar pela existência de condições favoráveis para eleições credíveis, pela liberdade dos eleitores de exprimir a sua vontade e pela transparência sobre a totalidade do processo”, acrescentou Muluzi.

A equipa vai publicar um comunicado preliminar e um relatório completo que serão submetidos ao Secretariado Geral da Commonwealth.

Segundo Muluzi, o relatório será igualmente entregue ao Governo da Nigéria, à INEC, aos líderes dos partidos políticos e a todos os Governos dos países-membros da Commonwealth, antes de ser publicado.

Ele exortou todas as partes implicadas nas eleições a priorizar os interesses da Nigéria e a desempenhar o seu papel para garantir um escrutínio pacífico, transparente e credível.

-0- PANA MON/AR/ASA/IS/SOC/FK/TON 24março2015