Agência Panafricana de Notícias

UA determinada em reformar Exército da Guiné-Bissau

Paris, França (PANA) – O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou esta segunda-feira à PANA que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano".

« Esta reforma é possível. Ela deve ser feita no interesse do país e os militares bissau-guineenses devem compreender que ela não é dirigida contra eles”, afirmou o ex-ministro santomense dos Negócios Estrangeiros.

País oeste-africano fronteiriço com o Senegal, a Guiné-Bissau é palco de golpes de Estado repetitivos e de revoltas militares desde a sua independência de Portugal em 1974.

A Guiné-Bissau é atualmente dirigida por um regime de transição instalado após o golpe de Estado militar que destituiu em abril de 2012 o poder civil.

« Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos seus quartéis. Apenas a este preço poderá ser construído um Estado republicano. A UA e o resto da comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.

Enquanto uma reforma do Exército bissau-guineense está programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) , o
processo enfrenta dificuldades para ser lançado devido à hostilidade de vários oficiais.

O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, recebeu recentemente em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior do Exército bissau-guineense, António Indjai, para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma dos setores da defesa e da segurança.

-0- PANA SEI/JSG/FK/TON 25março2013