UA convoca fórum com setor privado e doadores africanos sobre Ébola
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, convocou para a primeira semana de setembro próximo o Fundo de Solidariedade África contra Ébola (AAESTF), o setor privado africano e parceiros internacionais para um fórum sobre Ébola.
O objetivo do Fórum é mobilizar recursos suficientes para responder à epidemia do vírus da Ébola (EVD) que afeta a República Democrática do Congo (RDC), e que foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) “emergência de saúde pública de alcance internacional”, a 17 de julho último, segundo um comunicado da UA.
A epidemia de Ébola nas províncias do Ituri e do Kivu-Norte, no nordeste da RD Congo, custou a vida a mil e 715 pessoas desde o seu aparecimento, a 1 de agosto de 2018, indica o Ministério congolês da Saúde, no seu boletim sobre a situação epidemiológica, divulgada há uma semana.
Segundo o Ministério, destes mil e 715 mortes, mil e 621 são confirmados, 94 prováveis, enquanto 721 pessoas foram curadas.
Atualmente, 478 casos suspeitos estão em análise.
A UA lembra no seu comunicado ter tomado, desde o início da epidemia, algumas medidas, através dos Centros Africanos de Prevenção e de Controlo das Doenças (CDC África), para apoiar a RD Congo na sua luta contra a epidemia, incluindo o desdobramento de voluntários da saúde e uma contribuição financeira.
"Tendo em conta a gravidade da ameaça sobre a segurança, a economia e a saúde que representa Ébola para o continente, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana reuniu-se a 23 de julho de 2019 e pediu à Comissão da UA para mobilizar todos os recursos para desenvolver uma resposta adequada”, indica o comunicado.
Em 2014, a mobilização pela Comissão da UA do setor privado africano e parceiros desempenhou um papel importante na eliminação da epidemia na África Ocidental, desmonstrando a importância da solidariedade africana em período de crise no continente”, lembra o documento.
A missão CDC África é reforçar as capacidades e parcerias com as instituições de saúde pública e para detetar e responder rapidamente às ameaças e subida de doenças baseadas na ciência, nas políticas e nas intervenções e programas assentes em dados probantes.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR/IZ 26julho2019