Agência Panafricana de Notícias

UA chumba acusações de genocídio contra Presidente sudanês

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, rejeitou sexta-feira última as acusações de genocídio formuladas contra o Presidente sudanês, Omar Al Bashir, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), considerando-as como um recuo em relação aos esforços de paz envidados pelo Sudão.
"A UA está convicta de que esta nova decisão do TPI e as suas consequências sobre o Sudão em geral são contraproducentes e susceptíveis de complicar os esforços em curso, aumentando assim o risco de instabilidade neste país", declarou Ping.
O presidente da CUA referia-se às acusações de genocídio contra três tribos de Darfur (conturbada região ocidental do Sudão), designadamente as Masalit e as Zaghawa, bem como às ameaças da sua exterminação, atribuídas a Al-Bashir pelo TPI.
Na sua ótica, a emissão de um segundo mandado de captura contra o estadista sudanês acontece num momento em que esforços estão a ser envidados, nomeadamente a realização, em Abril último, do escrutínio presidencial ganho por Al Bashir, para a implementação de diferentes acordos visando instaurar a paz neste país do Corno de África.
Ping afirmou que inquéritos levados a cabo pela Comissão das Nações Unidas, pela Missão da UA no Sudão e pela Missão Conjunta da ONU e da UA em Darfur chumbam estas acusações de genocídio.
Este acórdão, que confirma as preocupações precedentes da UA, ocorre num momento particular marcado por progressos na transformação democrática do Sudão", disse.
Por outro lado, o presidente da CUA reiterou o compromisso da sua instituição de lutar contra a impunidade, em conformidade com o seu ato constitucional.