PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Tunísia reduz recolher obrigatório
Túnis, Tunísia (PANA) - As autoridades tunisinas decidiram, segunda-feira, uma redução do recolher obrigatório noturno motivado pela melhoria da situação de segurança, uma semana depois das manifestações sociais por causa de desemprego.
"Tendo em conta a melhoria relativa da situação de segurança foi decidida a redução da duração do recolher obrigatório a partir de 25 de janeiro das 22 horas às 05 horas", ou seja uma redução de duas horas, anunciou um comunicado do Ministério do Interior.
Uma onda de contestação social abalou o país depois da morte, a 17 de janeiro, dum jovem desempregrado em Kasserine, uma cidade pobre do centro-oeste. Ridha Yahyaoui, de 26 anos, foi eletrocutado escalando um poste para protestar contra a supressão do seu nome duma lista de contratação.
Problema crónico na Tunísia, o desemprego abala mais de 15 porcento da população ativa e atinge 30 porcento nas regiões pobres do interior do país.
O recolher obrigatório foi decretado sexta-feira passada depois de manifestações marcadas por atos de vandalismo e pilhagem de lojas e dum banco em Túnis e em várias outras regiões.
Um polícia morreu e mais duma centena de pessoas ficaram feridas durante confrontos entre manifestantes e forças da ordem, segundo o Ministério do Interior.
As forças da ordem procederam à detenção de mais de 500 pessoas suspeitas de estarem envolvidas nas pilhagens e no ataque de Comissariados da Polícia.
Segunda-feira, polícias manifestaram-se para reclamar por aumentos de salários.
Uma manifestação agrupou mais de dois mil agentes das forças da ordem que se dirigiram ao Palácio Presidencial de Cartago, no subúrbio norte de Túnis, reivindicando os seus direitos.
"Assumimos plenamente o nosso dever de defesa da pátria e consentimos sacríficios pondo em perigo as nossas vidas, porque não nos dão o que nos cabe de direito", exclamou um polícia que guardou o anonimato.
Um responsável do sindicado das forças de segurança, Chokri Hamad, declarou, não ter confiança no Governo que, segundo ele, não cumpriu as suas promessas para a melhoria da situação material dos agentes das forças da ordem, enquanto os outros setores de atividades beneficiaram.
Se a Tunísia realizou progressos no seu processo democrático, no entanto ela tem dificuldade de relançar a sua economia abalada em 2015 por três atentados terroristas mortíferos que fizeram baixar em mais de 50 porcento as entradas de turistas, principal motor de crescimento.
-0- PANA BB/IS/MAR/TON 25janeiro2016
"Tendo em conta a melhoria relativa da situação de segurança foi decidida a redução da duração do recolher obrigatório a partir de 25 de janeiro das 22 horas às 05 horas", ou seja uma redução de duas horas, anunciou um comunicado do Ministério do Interior.
Uma onda de contestação social abalou o país depois da morte, a 17 de janeiro, dum jovem desempregrado em Kasserine, uma cidade pobre do centro-oeste. Ridha Yahyaoui, de 26 anos, foi eletrocutado escalando um poste para protestar contra a supressão do seu nome duma lista de contratação.
Problema crónico na Tunísia, o desemprego abala mais de 15 porcento da população ativa e atinge 30 porcento nas regiões pobres do interior do país.
O recolher obrigatório foi decretado sexta-feira passada depois de manifestações marcadas por atos de vandalismo e pilhagem de lojas e dum banco em Túnis e em várias outras regiões.
Um polícia morreu e mais duma centena de pessoas ficaram feridas durante confrontos entre manifestantes e forças da ordem, segundo o Ministério do Interior.
As forças da ordem procederam à detenção de mais de 500 pessoas suspeitas de estarem envolvidas nas pilhagens e no ataque de Comissariados da Polícia.
Segunda-feira, polícias manifestaram-se para reclamar por aumentos de salários.
Uma manifestação agrupou mais de dois mil agentes das forças da ordem que se dirigiram ao Palácio Presidencial de Cartago, no subúrbio norte de Túnis, reivindicando os seus direitos.
"Assumimos plenamente o nosso dever de defesa da pátria e consentimos sacríficios pondo em perigo as nossas vidas, porque não nos dão o que nos cabe de direito", exclamou um polícia que guardou o anonimato.
Um responsável do sindicado das forças de segurança, Chokri Hamad, declarou, não ter confiança no Governo que, segundo ele, não cumpriu as suas promessas para a melhoria da situação material dos agentes das forças da ordem, enquanto os outros setores de atividades beneficiaram.
Se a Tunísia realizou progressos no seu processo democrático, no entanto ela tem dificuldade de relançar a sua economia abalada em 2015 por três atentados terroristas mortíferos que fizeram baixar em mais de 50 porcento as entradas de turistas, principal motor de crescimento.
-0- PANA BB/IS/MAR/TON 25janeiro2016