Túnis, Tunísia (PANA) - O primeiro-ministro tunisino, Hichem Mechichi, reiterou, terça-feira, a recusa do seu país de instalar, no seu território, um centro de emigrantes para a Europa.
Durante a sua participação nos trabalhos dum Encontro Euro-Africano sobre a Migração, realizado em Portugal, Mechichi afirmou a rejeição pela Tunísia de qualquer operação que pusesse em perigo a sua soberania.
Frisou, no entanto, que o seu Governo começou a instalar uma estratégia global com o objetivo de limitar o fenómeno da migração irregular.
Segundo ele, esta estratégia tem em conta aspetos de segurança, da formação profissional, do desenvolvimento e da solidariedade nos países mediterrânicos.
Defendeu que a migração não deve ser considerada como uma ameaça permanente, mas sim com um fator de desenvolvimento económico, social e cultural, e como um vetor de reaproximação entre os povos.
Defendeu o imperativo de continuar, ao mesmo tempo, o "diálogo 5 + 5" entre os países mediterrânicos, para que este se torne numa plataforma de reflexão sobre soluções adequadas para o problema da migração.
Instaurado em 1990, o "diálogo 5+5" agrupa, do lado europeu, Espanha, França, Itália, Malta e Portugal, e, do lado africano, Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia.
A sua meta é empreender uma cooperação regional no Mediterrâneo ocidental.
-0- PANA BB/JSG/MAR/DD 11maio2021