Túnis, Tunísia (PANA) - A gestão da crise sanitária na Tunísia foi agora confiada à direção médica das Forças Armadas, anunciou nesta quarta-feira o Presidente da República, Kaïs Saied, em nota no canal saudita "Al Arabya".
Esta declaração acontece um dia depois da demissão do ministro da Saúde, Faouzi Mehdi, acusado de má gestão da crise sanitária, provocada pela pandemia da covid-19.
O Presidente tunisino considerou que reunir os tunisinos no dia do Eid (festa do sacrifício) é "um crime com motivações políticos", referindo-se à decisão do ministro da Saúde de abrir postos de vacinação no dia da celebração do Aid-el-Adha, que estaria na origem da sua demissão.
Já na terça-feira, camiões militares transportaram cerca de 67 concentradores de oxigênio para cinco províncias do centro e noroeste do país cujos hospitais sofrem com a escassez desse "produto vital".
O Presidente Saied, que é o chefe supremo das Forças Armadas, deu ordens para envolver os quadros médicos do Exército na campanha de vacinação.
Durante várias semanas, unidades médicas militares móveis cruzaram regiões rurais para vacinar os cidadãos, especialmente nas províncias de Tataouine (sul) e Siliana (centro), particularmente afetadas pela pandemia.
-0- PANA BB/JSG/SOC/MAR/IZ 22julho2021