Tunísia chocada pela morte de 11 bebés em hospital de Túnis
Túnis, Tunísia (PANA) – A Tunísia esteve sob choque sábado depois da morte de 11 bebés, em 24 horas, no centro obstétrico e neonatologia do Hospital da Rabta, em Túnis.
É a primeira vez na história da saúde pública tunisina que uma tal hecatombe se produz, afligindo as autoridades, partidos políticos e a sociedade civil.
A tragédia provocou uma viva indignação dos internautas que exigiram que todas as partes responsáveis prestem contas.
Logo após o anúncio da "catástrofe", como qualificada pela imprensa, o ministro da Saúde Pública, Abderraouf Chérif, apresentou a sua demissão que foi aceite pelo primeiro-ministro Youssef Chahed.
Chahed, que efetuou uma visita ao hospital, convocou um "conselho ministerial de emergência" para abordar a questão, e anunciou a abertura de um inquérito administrativo sobre este escândalo que foi comunicado ao Ministério Público.
"O caso será objeto de um acompanhamento estrito e qualquer falha será severamente sancionada", indicou, revelando a criação de uma comissão encarregada de assistir às famílias enlutadas.
Um inquérito foi aberto rapidamente, por uma comissão especializada do Ministério da Saúde, para determinar as responsabilidades e as causas reais desta tragédia. Os resultados serão anunciados no fim do inquérito, prometeu o Ministério.
Num comunicado, a Sociedade Tunisina de Pediatria (STP) precisou que, segundo dados preliminares do inquérito, os bebés mortos sucumbiram a uma infeção sanguínea denominada “infeção nosocomial severa" cujo ponto de partida é um produto de alimentação parental”, sem dar precisões sobre as circunstâncias de contaminação dos produtos.
-0- PANA BB/BEH/MAR/IZ 10março2019