Trump prorroga embargo sobre ativos líbios
Tripoli, Líbia (PANA) – O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a prorrogação do embargo sobre ativos do Estado Líbio, imposto por um decreto presidencial desde 2011, para evitar que o uso dos mesmos prolongue a guerra e o caos.
Trump justificou a sua posição pela persistência de ameaças duma guerra civil devido a divergências entre protagonistas líbios.
"O Estado de emergência nacional, proclamado a 25 de fevereiro de 2011, em virtude da Decisão Executiva 13566 contra a Líbia, prossegue além de 25 de fevereiro de 2019”, declarou Trump numa carta enviada quarta-feira ao Congresso e repercutida por vários jornais líbios.
O Estado de emergência foi imposto em 2011 "para se fazer face à extraordinária ameaça que constituíam o então líder líbio, Muamar Kadafi, o seu Governo e seus próximos colaboradores à segurança nacional e à política estrangeira”.
Numa mensagem, o Presidente norte-americano advertiu de que "a ameaça de guerra civil na Líbia persistirá até que os Líbios resolvam as suas divisões políticas relativas ao acesso aos recursos líbios”.
" Existe um risco real de que partes desejosas de minar o processo de paz conduzido pelas Nações Nações, incluindo antigos membros do Governo de Kadafi, parentes ou seus próximos colaboradores, utilizem estes recursos”, advertiu.
Sublinhou que o desvio destes recursos poderá prolongar e aprofundar o caos persistente na Líbia, o que, a seu ver, só servirá o interesse da organização Daech (Estado Islâmico) e o de outros grupos terroristas que constituem uma ameaça real à segurança nacional dos Estados Unidos e dos seus parceiros regionais”.
O Presidente norte-americano acrescentou que os Estados Unidos correriam o risco de causar uma instabilidade suplementar na Líbia, se as sanções não estivessem em vigor.
"Aqueles que se recusam ao diálogo, bloqueiam e minam o processo democrático na Líbia e querem explorar a riqueza dos Líbios para os seus próprios interesses egoístas, para prolongar o conflito no país”, declarou Trump na sua carta.
"A situação na Líbia continua a ser uma ameaça excecional e extraordinária à segurança nacional e à política estrangeira dos Estados Unidos”, indicou Trump.
Acrecentou que “nós devemos então evitar devolver haveres a pessoas que minam o processo de reconciliação nacional líbio, nomeadamente a família de Kadafi e seus colaboradores".
"Eu acho então necessário continuar-se a emergência nacional contra a Líbia”, concluiu.
-0- PANA BY/IS/IBA/SOC/FK/DD 21fev2019