PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Tropas ugandesas acusadas de abusos sexuais na República Centroafricana
Nairobi, Quénia (PANA) - Soldados ugandeses violaram pelo menos 13 mulheres e raparigas desde 2015 na República Centroafricana (RCA), intimidando algumas vítimas para manterem o silêncio, denunciou esta segunda-feira a Human Rights Watch (HRW).
Elementos do Exército ugandês foram desdobrados na RCA, desde 2009, no quadro da Força Regional da União Africana com a missão de eliminarem o grupo rebelde ugandês do Exército de Resistência do Senhor (LRA), referiu a Organização não Governamental (ONG) internacional de defesa dos direitos humanos.
Num relatório, a HRW indica ter interrogado 13 mulheres e três raparigas no início do ano de 2017 e que as mesmas declararam ter sido exploradas ou abusadas sexualmente desde 2010 por soldados ugandeses na cidade de Obo, no sudoeste, base do contingente ugandês.
Segundo a ONG, duas das mulheres vítimas eram menores quando foram violadas ou exploradas, e duas mulheres e uma menina afirmaram que os soldados as haviam ameaçado de represálias caso denunciassem o que lhes tinha ocorrido aos investigadores ugandeses e das Nações Unidas.
"Embora as operações contra o LRA tenham terminado, o Exército ugandês não deve ignorar as acusações de violação sexual de que são objeto os seus soldados na RCA", indignou-se Lewis Mudge, pesquisador para África da HRW.
"As autoridades ugandesas e a da União Africana devem levar a cabo investigações, sancionar os responsáveis e certificar-se de que as mulheres e as raparigas violadas seguem um tratamento médico adequado", prosseguiu.
A HRW acrescentou que 15 das mulheres e raparigas interrogadas declaram ter-se engravidado mas que, em cada um dos casos, o soldado pai já havia deixado o país sem ter dado apoio à mãe.
"Os 16 casos expostos pela HRW são apenas uma parte ínfima de todos os casos de violação por elementos das forças ugandesas não só porque a violência sexual não é geralmente denunciada mas porque outras fontes onusinas ou locais já tinham relatado outros casos", lamentou a ONG.
Na RCA, as mulheres e raparigas em causa não denunciam muitas vezes estes atos de que são vítimas por vergonha ou medo da estigmatização ou de represálias.
Em 2016, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos mencionou 14 casos de violação, dos quais alguns em que as vítimas eram, no momento dos factos, ainda crianças, atribuídos a elementos das forças ugandesas na RCA.
Segundo um relatório interno da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2016, a que a HRW teve acesso, investigadores onusinos em Obo recensearam 18 casos de violência ou assédio sexual atribuídos a soldados ugandeses en quanto as vítimas têm medo de os denunciar.
Os investigadores obtiveram igualmente informações sobre 44 mulheres e raparigas com crianças nascidas destas ligações infelizes entre soldados ugandeses, a equipa da ONU interrogou 12 dentre elas, todas elas menores, segundo a HRW.
-0- PANA MA/FJG/JSG/DD 15maio2017
Elementos do Exército ugandês foram desdobrados na RCA, desde 2009, no quadro da Força Regional da União Africana com a missão de eliminarem o grupo rebelde ugandês do Exército de Resistência do Senhor (LRA), referiu a Organização não Governamental (ONG) internacional de defesa dos direitos humanos.
Num relatório, a HRW indica ter interrogado 13 mulheres e três raparigas no início do ano de 2017 e que as mesmas declararam ter sido exploradas ou abusadas sexualmente desde 2010 por soldados ugandeses na cidade de Obo, no sudoeste, base do contingente ugandês.
Segundo a ONG, duas das mulheres vítimas eram menores quando foram violadas ou exploradas, e duas mulheres e uma menina afirmaram que os soldados as haviam ameaçado de represálias caso denunciassem o que lhes tinha ocorrido aos investigadores ugandeses e das Nações Unidas.
"Embora as operações contra o LRA tenham terminado, o Exército ugandês não deve ignorar as acusações de violação sexual de que são objeto os seus soldados na RCA", indignou-se Lewis Mudge, pesquisador para África da HRW.
"As autoridades ugandesas e a da União Africana devem levar a cabo investigações, sancionar os responsáveis e certificar-se de que as mulheres e as raparigas violadas seguem um tratamento médico adequado", prosseguiu.
A HRW acrescentou que 15 das mulheres e raparigas interrogadas declaram ter-se engravidado mas que, em cada um dos casos, o soldado pai já havia deixado o país sem ter dado apoio à mãe.
"Os 16 casos expostos pela HRW são apenas uma parte ínfima de todos os casos de violação por elementos das forças ugandesas não só porque a violência sexual não é geralmente denunciada mas porque outras fontes onusinas ou locais já tinham relatado outros casos", lamentou a ONG.
Na RCA, as mulheres e raparigas em causa não denunciam muitas vezes estes atos de que são vítimas por vergonha ou medo da estigmatização ou de represálias.
Em 2016, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos mencionou 14 casos de violação, dos quais alguns em que as vítimas eram, no momento dos factos, ainda crianças, atribuídos a elementos das forças ugandesas na RCA.
Segundo um relatório interno da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2016, a que a HRW teve acesso, investigadores onusinos em Obo recensearam 18 casos de violência ou assédio sexual atribuídos a soldados ugandeses en quanto as vítimas têm medo de os denunciar.
Os investigadores obtiveram igualmente informações sobre 44 mulheres e raparigas com crianças nascidas destas ligações infelizes entre soldados ugandeses, a equipa da ONU interrogou 12 dentre elas, todas elas menores, segundo a HRW.
-0- PANA MA/FJG/JSG/DD 15maio2017