PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Triteza e dor em Abidjan
Abidjan, Côte d'Ivoire (PANA) – Tristeza e dor lia-se esta sexta-feira na cara dos habitantes de Abidjan, capital económica ivoiriense, que passaram a noite ouvindo disparos de armas de fogo de todos os calibres.
“Não conseguimos dormir. Com um tiroteio ensurdecedor, é realmente difícil para nós. Rezem por nós e pela Côte d'Ivoire”, declarou, muito magoado, um habitante do bairro de Cocody cuja casa não está longe das instalações da televisão nacional, que foi palco de violentas confrontações.
As ruas de Abidjan continuam desertas, sem um único veículo automóvel a circular.
“Hoje (sexta-feira) é realmente uma cidade morta. Todos os estabelecimentos comerciais estão fechados e ninguém tem a coragem de fazer nada. Temos medo de sair de casa, temos medo de levar uma bala perdida”, disse um habitante do bairro de Yopougon onde se ouvia tiros desde a noite de quinta-feira.
Num pequeno mercado de Yopougon, os preços dos alimentos multiplicam-se por três ou quatro.
“É pegar ou largar”, afirmou uma vendedeira de peixe invadida por clientes dispostos a comprar os peixes a qualquer preço.
“Nós não sabemos quando esta situação vai terminar, então viemos fazer compras para no mínimo uma semana”, diz uma outra habitante.
Neste mercado, ouvia-se detonações de armas pesadas vindas dos bairros de Plateau e Treichville.
“Deus que nos ajude! Não fizemos nada para merecer tanto”, gritavam as mulheres, apressadas a comprar e voltar logo às suas casas.
Os gerentes das cabines telefónicas também aumentam os preços, com o cliente a benefeciar de apenas 800 francos CFA sobre uma recarga de mil francos CFA (quase dois dólares americanos).
“Estamos em crise. Os nossos fornecedores já não trabalham, pelo que nós vendemos mais caro o que temos disponível”, respondeu o gerente de uma cabine a um cliente que reclamava da subida dos preços.
A crise provocada pelas eleições presidenciais atingiu o seu auge com a ofensiva lançada pelas forças leais ao Presidente “eleito”, Alassane Dramane Outtara.
Nenhuma declaração oficial foi feita pelas partes envolvidas, enquanto os canais nacionais de televisão e de rádio deixaram de emitir.
-0- PANA GB/AAS/CCF/IZ 01avril2011
“Não conseguimos dormir. Com um tiroteio ensurdecedor, é realmente difícil para nós. Rezem por nós e pela Côte d'Ivoire”, declarou, muito magoado, um habitante do bairro de Cocody cuja casa não está longe das instalações da televisão nacional, que foi palco de violentas confrontações.
As ruas de Abidjan continuam desertas, sem um único veículo automóvel a circular.
“Hoje (sexta-feira) é realmente uma cidade morta. Todos os estabelecimentos comerciais estão fechados e ninguém tem a coragem de fazer nada. Temos medo de sair de casa, temos medo de levar uma bala perdida”, disse um habitante do bairro de Yopougon onde se ouvia tiros desde a noite de quinta-feira.
Num pequeno mercado de Yopougon, os preços dos alimentos multiplicam-se por três ou quatro.
“É pegar ou largar”, afirmou uma vendedeira de peixe invadida por clientes dispostos a comprar os peixes a qualquer preço.
“Nós não sabemos quando esta situação vai terminar, então viemos fazer compras para no mínimo uma semana”, diz uma outra habitante.
Neste mercado, ouvia-se detonações de armas pesadas vindas dos bairros de Plateau e Treichville.
“Deus que nos ajude! Não fizemos nada para merecer tanto”, gritavam as mulheres, apressadas a comprar e voltar logo às suas casas.
Os gerentes das cabines telefónicas também aumentam os preços, com o cliente a benefeciar de apenas 800 francos CFA sobre uma recarga de mil francos CFA (quase dois dólares americanos).
“Estamos em crise. Os nossos fornecedores já não trabalham, pelo que nós vendemos mais caro o que temos disponível”, respondeu o gerente de uma cabine a um cliente que reclamava da subida dos preços.
A crise provocada pelas eleições presidenciais atingiu o seu auge com a ofensiva lançada pelas forças leais ao Presidente “eleito”, Alassane Dramane Outtara.
Nenhuma declaração oficial foi feita pelas partes envolvidas, enquanto os canais nacionais de televisão e de rádio deixaram de emitir.
-0- PANA GB/AAS/CCF/IZ 01avril2011