Tribunal de Contas de São Tomé lamenta ações judiciais contra seus auditores
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O presidente do Tribunal de Contas (TC) de São Tomé e Príncipe, José António Monte Cristo, deplorou, esta quarta-feira, o julgamento de quatro auditores da sua instância, nesta quinta-feira.
Trata-se de juízes da referida instituição que, em 2011, auferiram, durante uma auditoria, a ilegalidade financeira nas contas desta última, soube de fonte oficial.
“Tenho a apreciação que o bom censo vai prevalecer. Estamos num Estado do direito democrático onde devemos observar os parâmetros da lei”, declarou Monte Cristo segunda-feira última à imprensa, na Assembleia Nacional.
“Os auditores não serão responsabilizados pelas evidências que reportam no relatório. Elas estão documentadas, os auditores não inventaram nada”, frisou Monte Cristo.
José António Monte Cristo defende os quatros auditores que, a seu ver, nada têm a ver com a publicação do relatório no telejornal da TVS pelo então diretor da Televisão São-Tomense.
“Não foram os auditores que entregaram o processo à TVS. Essa publicação aconteceu depois deste processo ter sido fechado”, rematou, na Assembleia Nacional, onde decorrem, desde segunda-feira até a esta sexta-feira próxima, uma discussão na especialidade sobre a revisão dos diplomas que vão permitir a esta jurisdição desempenhar o seu papel plenamente.
Em 2011, uma auditoria do Tribunal de Contas, feita às contas dos Tribunais de São Tomé, constatou irregularidades financeiras, atribuídas aos juízes Alice Carvalho, José Silva Gomes Cravid, e Frederico da Gloria.
Em 2014, o processo foi arquivado pelo facto do Ministério Publico não ter constatado matéria de crime.
Os juízes do Supremo Tribunal entram com outra ação devido aos danos morais e, passados cinco anos, o caso foi reaberto.
O ex-diretor da TVS e jornalista da Rádio Difusão Portuguesa (RDP-África) e correspondente da Voz da América (VOA) foram notificados de pagar cerca de 50 mil euros para os preparos.
-0- PANA RMG/DD 24julho2019
