PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Três mortos e 61 feridos em manifestações na capital burkinabe
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – As manifestações contra a revisão constitucional no Burkina Faso fizeram três mortos e 61 feridos, dos quais 42 gravemente, esta quinta-feira em Ouagadougou, a capital, segundo um balanço provisório divulgado por fontes hospitalares.
Os manifestantes saíram às ruas depois da decisão do Governo de submeter à Assembleia Nacional um projeto de modificação da Constituição para permitir ao Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, disputar um quinto mandato à frente do país depois de 27 anos no poder, enquanto a Lei Magna do país apenas permite dois mandatos sucessivos.
Em resposta ao apelo da oposição e da sociedade civil, as populações invadiram a Assembleia Nacional e a Radio Televisão Pública, que elas saquearam, impedindo assim os deputados de realizar os seus trabalhos.
As manifestações degeneraram depois de as populações exigirem doravante a demissão pura e simples do Presidente Compaoré, cujo irmão mais novo teria sido detido por militares no aeroporto de Ouagadougou quando tentava deixar o país.
Ultrapassadas pelos acontecimentos, as forças de ordem fizeram uso das suas armas, causando mortos e feridos.
Segundo observadores, nos arredores da Presidência os militares dispararam balas reais contra os manifestantes.
Até ao início da tarde, ignorava-se o paradeiro do Presidente Blaise Compaoré, que chegou ao poder em 1987 depois de liderar um golpe de Estado sangrento que causou a morte do Presidente Thomas Sankara.
Deputados e ministros encontraram refúgio na Gendarmaria Nacional e no Palácio Real de Mogho Naba, imperador dos Mossé, a maior etnia do país.
As negociações continuam entre os líderes de partidos políticos agrupados em torno do líder da oposição Zéphirin Diabré.
Testemunhas anunciaram a visita quinta-feira à tarde do embaixador de França no Burkina Faso ao líder da oposição que, numa mensagem, apelou ao Presidente Blaise Compaoré para assumir as consequências dos seus atos.
Várias casas de numerosos dignitários foram saqueadas pelos manifestantes, que atacaram também os símbolos do Estado.
O “Balai Citoyen”, uma associação da sociedade civil que desempenhou um papel importante na organização desta manifestação, apelou às populações para evitar vandalismo, instando as autoridades a assumir as suas responsabilidades.
-0- PANA NDT/ISJSG/FK/TON 30out2014
Os manifestantes saíram às ruas depois da decisão do Governo de submeter à Assembleia Nacional um projeto de modificação da Constituição para permitir ao Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, disputar um quinto mandato à frente do país depois de 27 anos no poder, enquanto a Lei Magna do país apenas permite dois mandatos sucessivos.
Em resposta ao apelo da oposição e da sociedade civil, as populações invadiram a Assembleia Nacional e a Radio Televisão Pública, que elas saquearam, impedindo assim os deputados de realizar os seus trabalhos.
As manifestações degeneraram depois de as populações exigirem doravante a demissão pura e simples do Presidente Compaoré, cujo irmão mais novo teria sido detido por militares no aeroporto de Ouagadougou quando tentava deixar o país.
Ultrapassadas pelos acontecimentos, as forças de ordem fizeram uso das suas armas, causando mortos e feridos.
Segundo observadores, nos arredores da Presidência os militares dispararam balas reais contra os manifestantes.
Até ao início da tarde, ignorava-se o paradeiro do Presidente Blaise Compaoré, que chegou ao poder em 1987 depois de liderar um golpe de Estado sangrento que causou a morte do Presidente Thomas Sankara.
Deputados e ministros encontraram refúgio na Gendarmaria Nacional e no Palácio Real de Mogho Naba, imperador dos Mossé, a maior etnia do país.
As negociações continuam entre os líderes de partidos políticos agrupados em torno do líder da oposição Zéphirin Diabré.
Testemunhas anunciaram a visita quinta-feira à tarde do embaixador de França no Burkina Faso ao líder da oposição que, numa mensagem, apelou ao Presidente Blaise Compaoré para assumir as consequências dos seus atos.
Várias casas de numerosos dignitários foram saqueadas pelos manifestantes, que atacaram também os símbolos do Estado.
O “Balai Citoyen”, uma associação da sociedade civil que desempenhou um papel importante na organização desta manifestação, apelou às populações para evitar vandalismo, instando as autoridades a assumir as suas responsabilidades.
-0- PANA NDT/ISJSG/FK/TON 30out2014