Transporte aéreo em África contribui para mais de $ 50 biliões de PIB, diz AFRAA
Cotonou, Benin (PANA) – O transporte aéreo em África contribui para mais de 50 biliões de dólares americanos ao Produto Interno Bruto (PIB), indica a Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA) num comunicado transmitido sábado à PANA.
"O transporte aéreo em África apoia atualmente seis milhões e 200 mil empregos, contribui para 55 biliões e 800 milhões de dólares para o PIB e deverá aumentar numa taxa anual de 4,6 porcento durante os 20 próximos anos”, segundo o comunicado, citando o relatório 2019 da AFRAA.
Este crescimento do tráfico acompanha-se cada vez mais por uma expansão das linhas aéreas africanas, sublinha a AFRAA, revelando que “a associação é testemunho do renascimento do mercado do transporte aéreo na África Ocidental, ilustrado pelo renascimento de transportadoras desaparecidas e pelo desdobramento de planos de expansão ambiciosa”.
À margem da sua participação na terceira reunião sobre a operacionalização do Mercado Único do Transporte Aéreo em África (SAATM), organizada recentemente em Dakar, o secretário-geral da AFRAA, Abderahmane Berthé, enumerou os numerosos desafios com os quais estão confrontados as companhias aéreas africanas.
Trata-se, entre outas, das taxas e direitos elevados impostos pelos Governos, a fraca conetividade intra-africana e restrições de acesso ao mercado, fundos bloqueados nalguns Estados que são os rendimentos de vendas produzidos por uma companhia aérea nas suas operações no estrangeiro e que não podem ser transferidos por uma razão qualquer, bem como do preço excessivo do combustível de avião.
Estas condições, deplora-se, têm um impacto negativo sobre a capacidade das companhias aéreas africanas a aumentar na sua marca e oferecer tarifas competitivas aos passageiros para aumentar o seu tráfico.
Para esse respeito, a integração regional é indispensável para desbloquear a notável oportunidade de crescimento de África.
O Mercado Único do Transporte Aéreo em África (SAATM), o acordo de livre-troca continental africano (ACFTA) e o protocolo relativo à livre circulação das pessoas e bens constituem projetos essenciais que deveriam melhorar a conetividade intra-africana e facilitar as viagens, o comércio, o turismo, os negócios e o desenvolvimento socioeconómico sobre o continente, referiu-se.
A AFRAA, que compreende todos os grandes operadores intercontinentais africanos representando mais de 85 porcento do tráfico internacional total, continua a lançar iniciativas visando enfrentar os níveis de segurança, reforçar a cooperação entre as companhias aéreas africanas, resolver o problema dos elementos que afetam os custos das companhias aéreas, nomeadamente as taxas e as taxas de utilização, e a velar por que haja suficientemente infraestruturas e pessoal qualificado para apoiar o crescimento do tráfico no continente.
-0- PANA IT/JSG/SOC/MAR/IZ 16 fevereiro2020