PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Trabalhadores petrolíferos ameaçam greve contra violência no norte da Nigéria
Lagos, Nigéria (PANA) – Os quadros do setor petrolífero nigeriano ameaçaram lançar uma greve nacional se o Governo federal não conter a violência crescente perpetrada pela seita islamita Boko Haram no norte do país.
Esta ameaça surge numa altura em que a onda de violência prossegue no Estado nortenho de Kaduna, onde atentados à bomba contra três igrejas e represálias dos cristãos fizeram mais de 70 mortos e obrigaram o Governo estadual a decretar um recolher obrigatório de 24 horas.
O porta-voz da Associação dos Quadros do Petróleo e Gás Natural (PENGASSAN), Deji Kolawole, lançou esta ameaça num comunicado retomado pela imprensa local, quinta-feira, e em que afirma que a sua associação não hesitará em "mobilizar todos os nossos membros, a partir da zona de Kaduna, se o Governo continuar, pela sua inação, a colocar em perigo as vidas dos Nigerianos, nomeadamente os que residem no norte do país".
Confrontos esporádicos foram destacados quarta-feira em Kaduna apesar do recolher, enquanto uma paz precária prevalece no Estado de Yobe onde um ataque segunda-feira de mais de 100 presumíveis membros de Boko Haram fez 40 mortos, dos quais quatro polícias e dois soldados.
Diversos grupos e indivíduos nigerianos criticaram o Presidente Goodluck Jonathan por ter-se deslocado ao Brasil, segunda-feira, para participar na Cimeira Rio 20, apesar dos atentados e das represálias que colocaram a Nigéria à beira de uma guerra religiosa.
Qualificando a viagem do Presidente Jonathan de "sinal de insensibilidade e de liderança confusa", o principal partido da oposição, o Congresso para Ação da Nigéria (ACN, sigla em inglês), indicou num comunicado que o Presidente devia anular esta viagem "como ato simbólico de liderança atenta e de respeito para com os mortos".
Num editorial, quinta-feira, o jornal privado "Vanguard" afirmou que o Presidente não cumpriu o seu juramento sobre a Constituição que, no seu artigo 14 (2b), estipula que "a segurança e o bem-estar das pessoas devem ser o principal objetivo do Governo".
"Qual é o lugar do bem-estar nas políticas do Governo? Onde está a segurança do nosso povo? Será que o Presidente vai encontrá-los no Rio?", interroga-se o Vanguard para quem o porta-voz do Governo e ministro da Informação, Labaran Maku, parece ter respondido quando afirmou que o Presidente pode "tomar tomar uma decisão em qualquer lugar no mundo".
"A sua ausência não vai travar o seu poder de agir. O Vice-Presidente assume efetivamente a gestão do país, quando o Presidente está ausente da Nigéria, e ele está em contato com este último a cada hora. Não há vazio; o mais importante é que o Presidente e o Vice-Presidente trabalhem em harmonia e estejam de modo permanente em contato", disse quarta-feira o ministro aos correspondentes da imprensa junto da Presidência em Abuja .
-0- PANA SEG/FJG/SSB/CJB/IZ 21jun2012
Esta ameaça surge numa altura em que a onda de violência prossegue no Estado nortenho de Kaduna, onde atentados à bomba contra três igrejas e represálias dos cristãos fizeram mais de 70 mortos e obrigaram o Governo estadual a decretar um recolher obrigatório de 24 horas.
O porta-voz da Associação dos Quadros do Petróleo e Gás Natural (PENGASSAN), Deji Kolawole, lançou esta ameaça num comunicado retomado pela imprensa local, quinta-feira, e em que afirma que a sua associação não hesitará em "mobilizar todos os nossos membros, a partir da zona de Kaduna, se o Governo continuar, pela sua inação, a colocar em perigo as vidas dos Nigerianos, nomeadamente os que residem no norte do país".
Confrontos esporádicos foram destacados quarta-feira em Kaduna apesar do recolher, enquanto uma paz precária prevalece no Estado de Yobe onde um ataque segunda-feira de mais de 100 presumíveis membros de Boko Haram fez 40 mortos, dos quais quatro polícias e dois soldados.
Diversos grupos e indivíduos nigerianos criticaram o Presidente Goodluck Jonathan por ter-se deslocado ao Brasil, segunda-feira, para participar na Cimeira Rio 20, apesar dos atentados e das represálias que colocaram a Nigéria à beira de uma guerra religiosa.
Qualificando a viagem do Presidente Jonathan de "sinal de insensibilidade e de liderança confusa", o principal partido da oposição, o Congresso para Ação da Nigéria (ACN, sigla em inglês), indicou num comunicado que o Presidente devia anular esta viagem "como ato simbólico de liderança atenta e de respeito para com os mortos".
Num editorial, quinta-feira, o jornal privado "Vanguard" afirmou que o Presidente não cumpriu o seu juramento sobre a Constituição que, no seu artigo 14 (2b), estipula que "a segurança e o bem-estar das pessoas devem ser o principal objetivo do Governo".
"Qual é o lugar do bem-estar nas políticas do Governo? Onde está a segurança do nosso povo? Será que o Presidente vai encontrá-los no Rio?", interroga-se o Vanguard para quem o porta-voz do Governo e ministro da Informação, Labaran Maku, parece ter respondido quando afirmou que o Presidente pode "tomar tomar uma decisão em qualquer lugar no mundo".
"A sua ausência não vai travar o seu poder de agir. O Vice-Presidente assume efetivamente a gestão do país, quando o Presidente está ausente da Nigéria, e ele está em contato com este último a cada hora. Não há vazio; o mais importante é que o Presidente e o Vice-Presidente trabalhem em harmonia e estejam de modo permanente em contato", disse quarta-feira o ministro aos correspondentes da imprensa junto da Presidência em Abuja .
-0- PANA SEG/FJG/SSB/CJB/IZ 21jun2012