Trabalhadores denunciam más condições laborais no setor turístico maurício

Port-Louis, Ilhas Maurícias (PANA) – O presidente da Federação dos Trabalhadores Unidos (FTU) das Ilhas Maurícias, Atma Shanto, denunciou esta quarta-feira de manhã em Port-Louis as condições de trabalho "esclavagistas" no setor turístico do país.

Ele afirmou que esta situação está na origem da insegurança e da criminalidade nos hotéis, evocando o incidente ocorrido a 10 de janeiro último no hotel Legends, no norte do país, no durante o qual foi morta uma turista irlandesa.

"Eu considero que as autoridades da Federação Maurícia de Empregadores (MEF), do Conselho Económico Misto (JEC) e da Associação dos Hotéis e Restaurantes das Ilhas Maurícias (AHRIM) são responsáveis pelo que ocorreu no Legends, pois eles sempre praticam uma política de mão-de-obra barata", declarou Shanto.

Segundo ele, os empregadores do setor turístico são muito severos em relação aos seus empregados com câmaras de controlo instaladas em toda parte para detetar todos os seus movimentos e atos.

"Os empregados tornaram-se na propriedade privada dos empregadores", deplorou o presidente da FTU.

As Ilhas Maurícias possuem uma centena de hotéis de alto nível e acolhem anualmente mais de 900 mil turistas, essencialmente Europeus.

Um dos principais pilares da economia maurícia, o setor turístico garante cerca de 30 mil empregos diretos e vários milhares de empregos indiretos.

-0- PANA NA/AAS/IBA/FK/DD 26jan2011