PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Trabalhadores de televisão privada cabo-verdiana iniciam greve de uma semana
Praia, Cabo Verde (PANA) - Trabalhadores da Televisão Independente de Cabo Verde (TIVER) iniciaram, desde segunda-feira, uma greve de um semana e que pode durar muito mais, caso não lhes sejas pagos os 14 meses de salários em atraso, apurou a PANA, na cidade da Praia, de fonte segura.
José Mário Ramos, representante sindical dos trabalhadores da primeira estação privada de televisão, que começou a operar em 2007, revelou que a greve é o último recurso para a sua reivindicações, uma vez que, frisou, a administração da empresa tem-se recusado a negociar.
Disse que, além da questão dos salários, há outros casos por resolver, nomeadamente a situação dos estagiários que ainda não têm vínculo com a empresa.
A administração da TIVER, segundo le, tem alegado que houve um “descontrolo financeiro” que não lhe permite, por agora, satisfazer as reivindicações dos trabalhadores.
Em finais de setembro último, a imprensa cabo-verdiana informou que um grupo económico, constituído maioritariamente por investidores angolanos, comprou a Sociedade de Comunicação para o Desenvolvimento (SCD), proprietária da TIVER.
De acordo com A Semana, diário em linha, os novos donos da SCD deveriam, a médio prazo, investir nela um montante superior a mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de nove milhões e 100 mil euros).
A fonte revela ainda que os novos donos da TIVER, onde figuram também investidores cabo-verdianos, deviam apresentar, na primeira quinzena de outubro próximo, um novo conceito de televisão a desenvolver no país.
"Vai-se insistir na modernização da TIVER, o que inclui a renovação do seu aparato tecnológico, a reestruturação do quadro do pessoal e a refundação da sua ambiciosa missão de informar, educar e entreter com rigor os que procuram os seus produtos», asseverou uma fonte ligada ao projeto citada pelo A Semana.
A entrada de capitais angolanos na TIVER faz parte de uma estratégia de negócios que terá outros focos de interesse, acrescentou a fonte, sublinhando que “tudo vai ser feito em conformidade com a contribuição que a SDC possa dar para alargar e melhorar o desempenho de Cabo Verde nas áreas económica, cultural e social, tanto no plano interno como no plano externo".
Até essa altura, a TIVER, dirigida por Rui Pereira, operava com 50 trabalhadores, dos quais 10 jornalistas.
Foi a primeira estação televisiva privada a emitir em sinal aberto, depois de o Governo cabo-verdiano ter atribuído as primeiras quatro licenças a operadores do setor.
No entanto, apenas a TIVER e a Record Cabo Verde iniciaram programas regulares, a par da estação pública, a Televisão de Cabo Verde (TCV).
Conforme revelou a mesma fonte, a TIVER, sete anos depois, ainda não conseguiu dobrar «o cabo das tormentas» e apresentar um produto de qualidade aos Cabo-verdianos, devido, em parte, à pequenez do mercado publicitário nacional que não chega para todos”.
Considerou finalmente que “o capital angolano chega por isso em muito boa hora”.
-0- PANA CS/DD 02dez2014
José Mário Ramos, representante sindical dos trabalhadores da primeira estação privada de televisão, que começou a operar em 2007, revelou que a greve é o último recurso para a sua reivindicações, uma vez que, frisou, a administração da empresa tem-se recusado a negociar.
Disse que, além da questão dos salários, há outros casos por resolver, nomeadamente a situação dos estagiários que ainda não têm vínculo com a empresa.
A administração da TIVER, segundo le, tem alegado que houve um “descontrolo financeiro” que não lhe permite, por agora, satisfazer as reivindicações dos trabalhadores.
Em finais de setembro último, a imprensa cabo-verdiana informou que um grupo económico, constituído maioritariamente por investidores angolanos, comprou a Sociedade de Comunicação para o Desenvolvimento (SCD), proprietária da TIVER.
De acordo com A Semana, diário em linha, os novos donos da SCD deveriam, a médio prazo, investir nela um montante superior a mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de nove milhões e 100 mil euros).
A fonte revela ainda que os novos donos da TIVER, onde figuram também investidores cabo-verdianos, deviam apresentar, na primeira quinzena de outubro próximo, um novo conceito de televisão a desenvolver no país.
"Vai-se insistir na modernização da TIVER, o que inclui a renovação do seu aparato tecnológico, a reestruturação do quadro do pessoal e a refundação da sua ambiciosa missão de informar, educar e entreter com rigor os que procuram os seus produtos», asseverou uma fonte ligada ao projeto citada pelo A Semana.
A entrada de capitais angolanos na TIVER faz parte de uma estratégia de negócios que terá outros focos de interesse, acrescentou a fonte, sublinhando que “tudo vai ser feito em conformidade com a contribuição que a SDC possa dar para alargar e melhorar o desempenho de Cabo Verde nas áreas económica, cultural e social, tanto no plano interno como no plano externo".
Até essa altura, a TIVER, dirigida por Rui Pereira, operava com 50 trabalhadores, dos quais 10 jornalistas.
Foi a primeira estação televisiva privada a emitir em sinal aberto, depois de o Governo cabo-verdiano ter atribuído as primeiras quatro licenças a operadores do setor.
No entanto, apenas a TIVER e a Record Cabo Verde iniciaram programas regulares, a par da estação pública, a Televisão de Cabo Verde (TCV).
Conforme revelou a mesma fonte, a TIVER, sete anos depois, ainda não conseguiu dobrar «o cabo das tormentas» e apresentar um produto de qualidade aos Cabo-verdianos, devido, em parte, à pequenez do mercado publicitário nacional que não chega para todos”.
Considerou finalmente que “o capital angolano chega por isso em muito boa hora”.
-0- PANA CS/DD 02dez2014