Trabalhadores dão ultimato à Rádio Nacional de Angola
Luanda, Angola (PANA) - A Assembleia-Geral dos Trabalhadores da Rádio Nacional de Angola (RNA) deu, quinta-feira última, 10 dias ao Conselho de Administração da instituição para cumprir parte das reivindicações constantes do caderno negociado e assinado em abril último, soube a PANA de fonte segura.
O coletivo destes trabalhadores entregou ao Conselho de Administração um documento do qual constam quatro pontos do caderno reivindicativo, “não cumpridos até à data presente.”
De acordo com o secretário-geral do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, que falava à ANGOP, a Assembleia deliberou, na quarta-feira última, sobre a entrega do referido documento e, se terminar o prazo de 10 dias, poderá ser declarada uma greve.
Constam dos pontos apresentados questões ligadas aos subsídios da primeira viagem do ano, que deveriam ter sido pagos em julho último, e que só aconteceu em outubro último, em benefício de alguns funcionários, de acordo com Texeira.
Os funcionários reivindicam o 10.º ponto do caderno, que tem a ver com o respeito pelos direitos dos trabalhadores, indicou.
Como exemplo, mencionou o facto de existirem jornalistas que, sendo docentes, estão a ser impedidos de retornar ao trabalho e de outros que viram os seus vínculos alterados, de efetivos para colaboradores, passando assim a ganhar 50 mil kwanzas (106 dólares americanos).
Do documento apresentado, constam, igualmente, as correções resultantes da aplicação do qualificador ocupacional, que não foram satisfeitas.
Em junho deste ano, a RNA criou uma comissão de reclamações, com a participação de um representante do Sindicato e do Ministério da Comunicação Social, para avaliar e decidir sobre as reivindicações apresentadas.
Um dos pontos principais deste caderno reivindicativo era referente ao reajuste salarial, mas viabilizado pelo Estado, enquanto acionista único.
-0- PANA ANGOP/DD 23novembro2019
