PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Tony Blair defende educação contra terrorismo
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A educação e o diálogo intercultural são determinantes para vencer o terrorismo, que se alimenta largamente do extremismo religioso, afirmou quinta-feira em Nova Iorque o ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, convencido de que apenas as medidas de segurança são insuficientes.
Tony Blair fez esta declaração na qualidade de presidente da Faith Fundation, durante uma reunião da Direção Executiva do Comité Contra o Terrorismo (CTC), principal organismo de luta contra o terrorismo nas Nações Unidas.
« O desafio levantado por um extremismo que se apoia numa visão falaciosa e pervertida da religião é enorme, perigoso e urgente. É tempo de se mobilizar”, afirmou o antigo primeiro-ministro britânico, precisando que não se tratava dum simples nível de estudos.
« Devemos refletir por constatar que numerosos indivíduos que receberam excelente educação estão implicados em atividades extremistas religiosas. Mas a investigação mostra que existe também uma relação de causalidade entre ausência de diálogo intercultural e extremismo religioso », explicou Tony Blair na Direção Executiva do CTC, reunida na sede da ONU, em Nova Iorque.
« O combate que devemos lançar consiste em ganhar os corações e os espíritos dos que têm fracos níveis de alfabetização e de cultura religiosa. É este tipo de ensino que é determinante. Devemos sensibilizar sobre as noções de diversidade e de alteridade, de tolerância e de respeito, da mesma forma que ensinamos as ciências humanas, as ciências ou as línguas », sublinhou.
Tony Blair lembrou que o amor ao seu próximo, a compaixão e a justiça social são valores comuns a todas as grandes religiões.
« É o abuso mais grotesco da fé o que consiste em cometer atos de terror em nome de Deus », afirmou, notando que os que manipulam os jovens espíritos fazem-no muitas vezes para fins políticos pessoais.
« As medidas de segurança são necessárias, mas não bastarão. E elas são onerosas e têm geralmente efeitos imprevistos suscetíveis de agravar a situação”, observou.
« A escolha futura é muito clara: ou as pessoas consideram os que são diferentes como uma ameaça à sua própria cultura - a abordagem fechada - ou eles as consideram como uma fonte de enriquecimento - a abordagem aberta” , acrescentou.
« É evidente que se os nossos jovens estão habituados a compreender os outros, se eles podem meter-lhes um rosto humano, serão muito mais prontos para aceitar e mostrar-se abertos com eles. A ignorância é o nosso verdadeiro inimigo, o conhecimento o nosso amigo”, sublinhou.
« É por isso que a educação é a resposta. Não qualquer educação, mas especificamente a que encoraja a abertura de espírito », argumentou.
« Acho que uma reforma dos sistemas educativos é indispensável para integrar a abertura às outras culturas », concluiu o ex-primeiro-ministro britânico.
Por outro lado, o diretor do CTC, Jean-Paul Laborde, garantiu a tony Blair a colaboração contínua das Nações Unifas com a sua fundação com vista a combater a violência extremista.
Ele enalteceu igualmente os esforços concertados dos líderes religiosos e políticos para encontrar um terreno de entendimento para combater o terrorismo e promover a coexistência pacífica.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/FK/TON 22novembro2013
Tony Blair fez esta declaração na qualidade de presidente da Faith Fundation, durante uma reunião da Direção Executiva do Comité Contra o Terrorismo (CTC), principal organismo de luta contra o terrorismo nas Nações Unidas.
« O desafio levantado por um extremismo que se apoia numa visão falaciosa e pervertida da religião é enorme, perigoso e urgente. É tempo de se mobilizar”, afirmou o antigo primeiro-ministro britânico, precisando que não se tratava dum simples nível de estudos.
« Devemos refletir por constatar que numerosos indivíduos que receberam excelente educação estão implicados em atividades extremistas religiosas. Mas a investigação mostra que existe também uma relação de causalidade entre ausência de diálogo intercultural e extremismo religioso », explicou Tony Blair na Direção Executiva do CTC, reunida na sede da ONU, em Nova Iorque.
« O combate que devemos lançar consiste em ganhar os corações e os espíritos dos que têm fracos níveis de alfabetização e de cultura religiosa. É este tipo de ensino que é determinante. Devemos sensibilizar sobre as noções de diversidade e de alteridade, de tolerância e de respeito, da mesma forma que ensinamos as ciências humanas, as ciências ou as línguas », sublinhou.
Tony Blair lembrou que o amor ao seu próximo, a compaixão e a justiça social são valores comuns a todas as grandes religiões.
« É o abuso mais grotesco da fé o que consiste em cometer atos de terror em nome de Deus », afirmou, notando que os que manipulam os jovens espíritos fazem-no muitas vezes para fins políticos pessoais.
« As medidas de segurança são necessárias, mas não bastarão. E elas são onerosas e têm geralmente efeitos imprevistos suscetíveis de agravar a situação”, observou.
« A escolha futura é muito clara: ou as pessoas consideram os que são diferentes como uma ameaça à sua própria cultura - a abordagem fechada - ou eles as consideram como uma fonte de enriquecimento - a abordagem aberta” , acrescentou.
« É evidente que se os nossos jovens estão habituados a compreender os outros, se eles podem meter-lhes um rosto humano, serão muito mais prontos para aceitar e mostrar-se abertos com eles. A ignorância é o nosso verdadeiro inimigo, o conhecimento o nosso amigo”, sublinhou.
« É por isso que a educação é a resposta. Não qualquer educação, mas especificamente a que encoraja a abertura de espírito », argumentou.
« Acho que uma reforma dos sistemas educativos é indispensável para integrar a abertura às outras culturas », concluiu o ex-primeiro-ministro britânico.
Por outro lado, o diretor do CTC, Jean-Paul Laborde, garantiu a tony Blair a colaboração contínua das Nações Unifas com a sua fundação com vista a combater a violência extremista.
Ele enalteceu igualmente os esforços concertados dos líderes religiosos e políticos para encontrar um terreno de entendimento para combater o terrorismo e promover a coexistência pacífica.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/FK/TON 22novembro2013