Agência Panafricana de Notícias

Taxa sobre bilhetes de avião para combater sida torna-se mundial

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- Um programa da ONU que aplica uma taxa facultativa sobre os bilhetes de avião vendidos em 15 países do mundo nestes últimos três anos para financiar o tratamento do HIV/Sida, do paludismo e da tuberculose serár estensiva ao mundo inteiro a partir de Janeiro próximo.
Esta informação foi veiculada pelo Grupo de Trabalho sobre o financiamento inovador dos sistema de saúde à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.
Esta iniciativa da ONU, que mobilizou um bilião e 200 milhões de dólares americanos, vai permitir aos viajantes dar, com um simples clique, uma contribuição voluntária de dois dólares americanos para apoiar a mobilização de fundos pela ONU.
Os fundos engendrados por este esforço mundial, designado "Massive Good" (fazer o bem em grande escala), serão revertidos à Fundação do Milénio que contribui para a mobilização de fundos pela ONU.
"A crise que o mundo atravessa actualmente não pode levar-nos a esquecer as desigualdades evidentes, nomeadamente no acesso à saúde, entre os ricos e os pobres", declarou Phillipe Douste-Blazy, presidente da Fundação do Milénio e vice-secretário-geral e conselheiro especial junto da ONU sobre os financiamentos inovadores para o desenvolvimento.
Conduzido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, o programa UNITAID pode arrecadar um bilião de dólares americanos de financiamento complemantar para a saúde no mundo durante os seus quatro primeiros anos de actividades.
Segundo um relatório da ONU publicado na semana passada, o Grupo dos Oito Países mais Industrializados (G-8) já contribuiu com 35 biliões de dólares americanos, além dos seus compromissos assumidos em 2005, mas falta 20 biliões de dólares americanos dos fundos prometidos para a ajuda à África.
Falando quarta-feira em Nova Iorque durante uma conferência sobre a protecção das mães e crianças contra o HIV/Sida, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que mais de quatro milhões de pessoas nos países em desenvolvimento recebem um tratamento contra a sida.