Tanzânia dereta sete dias de luto por morte de ex-Presidente Mkapa
Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) - A Tanzânia decretou sexta-feira luto nacional de sete dias pela morte do ex-Presidente Benjamin William Mkapa.
Durante este período de luto, todas as bandeiras estarão à meia-haste, indica um anúncio oficial do Presidente John Pombe Magufuli.
Mkapa, terceiro Presidente da Tanzânia, morreu aos 81 anos, pouco antes da meia-noite de quinta-feira, num hospital de Dar es Salaam, onde estava internado.
"O Presidente Magufuli exorta todos os Tanzanianos a permanecerem calmos, pacientes e unidos neste momento de tristeza depois da perda do seu amado ex-Presidente Mkapa", indicam os serviços presidenciais de comunicação.
Segundo um comunicado, informações suplementares sobre esta perda nacional, incluindo as exéquias, serão divulgadas posteriormente.
Mkapa foi Presidente deste país da África Oriental durante 10 anos, de 1995 a 2005, sucedendo a Ali Hassan Mwinyi, e foi substituído por Jakaya Kikwete (2005-2015).
Nascido a 12 de novembro de 1938, na região de Mtwara-Sul, Mkapa ocupou várias pastas, incluindo cargos ministeriais sob a administração do ex-Presidente e Pai da Nação, o falecido Julius Kambarage Nyerere.
Foi ministro da Informação e Cultura e, mais tarde, ministro dos Negócios Estrangeiros do segundo Presidente, Ali Hassan Mwinyi, entre 1985 e 1995.
O ex-chefe de Estado Mkapa foi eleito Presidente da República Unida da Tanzânia nas primeiras eleições multipartidárias do país, em 1995, e fez dois mandatos até 2005
Antes de entrar na política, Mkapa foi diretor de Informação do diário governamental "Tanzania Standard Newspapers" por vários anos antes de ser nomeado secretário de imprensa do Presidente Nyerere.
Até recentemente, Mkapa era o medianeiro do diálogo interburundês.
O diálogo foi uma iniciativa da Comunidade da África Oriental (EAC) destinada a resolver as tensões políticas engendradas pelas controversas eleições de 2015, no Burundi.
Em novembro de 2019, Mkapa publicou a sua autobiografia intitulada "Minha Vida, Meu Propósito'', na qual ele fala da sua vida e das suas experiências como líder da Tanzânia.
Nas suas memórias, o ex-Presidente tanziano criticou alguns chefes de Estado africanos que se apegam ao poder mesmo depois da expiração dos seus mandatos.
Para ele, esta prática não só complica a governação nestes países, mas faz pairar um risco sobre a segurança, a paz e a estabilidade regional.
-0- PANA EBM/MA/NFB/JSG/MAR/IZ 24julho2020