PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Suspensas negociações no Sudão do Sul
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – As negociações no Sudão do Sul foram suspensas até 30 de abril próximo depois de a delegação governamental do Presidente Salva Kiir insistir na exclusão de antigos reclusos políticos do acordo sobre o programa a ser assinado, anunciaram segunda-feira os negociadores.
O porta-voz do Movimento Popular de Libertação do Sudão do Sul (SPLM), Hussein Mar Nyuot, disse à PANA que as duas partes concordaram em assinar as versões melhoradas de dois acordos principais, mas que os medianeiros exigiram a implicação de todas as partes.
No entanto, o porta-voz da delegação do Presidente Kiir às negociações indicou que a suspensão das negociações "ainda não foi oficialmente confirmada" e que era necessário esperar até esta terça-feira pela reunião da equipa da mediação.
“Não é ainda oficial. As questões pendentes serão esclarecidas até amanhã (terça-feira) ”, disse Michael Makwei, representante do Governo do Sudão do Sul.
O Presidente Kiir opõe-se à inclusão dos 11 detidos, dos quais sete foram libertados e entregues ao Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, pata facilitar as negociações de Addis Abeba.
As duas partes acordaram o princípio de assinar os documentos relativos à declaração de princípio que vai guiar as negociações para uma resolução política que porá termo à crise política iniciada a 15 de dezembro passado no Sudão do Sul.
“Estamos dispostos a assinar o acordo de declaração de princípio para orientar estas negociações, todavia o Governo recusou a inclusão dos sete detidos políticos que estão aqui e que, sabemos agora, não estão livres. Exigimos ainda a libertação de quatro outros”, disse Nyuot.
Nyuot, que era o governador adjunto do Estado de Jonglei antes do início do conflito atual, disse que os aliados do antigo Vice-Presidente, Riek Machar, estavam dispostos a prosseguir as negociações sem os detidos políticos para evitar que o processo de pôr fim à crise se atrase.
“Conseguimos entender-nos sobre a vasta agenda das negociações. Finalizamos dois documentos sobre a declaração de princípio, mas os medianeiros anunciaram que os documentos não podem ser assinados pelas apenas duas partes porque seria contrário ao comunicado dos chefes de Estado da IGAD”, disse Nyuot.
Algumas fontes indicam que o programa vai resultar na formação de um Governo provisório no Sudão do Sul para implementar um programa global de reformas.
O Presidente Kiir enviou uma mensagem especial ao primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, presidente da IGAD (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, questionando alguns artigos de um comunicado adotado durante a 25ª sessão da cimeira da IGAD em Addis Abeba.
Durante a cimeira, os líderes do Corno de África exigiram dos medianeiros que garantam o caráter inclusivo das negociações.
Defenderam sobretudo a inclusão dos 11 detidos políticos, a sociedade civil no Sudão do Sul e as outras partes julgadas necessárias pelos medianeiros.
“Os medianeiros perceberam a necessidade de prosseguir as consultas. Trabalhamos para a inclusão dos detidos. Queremos que os medianeiros desempenhem também o seu papel”, disse Nyuot.
O Presidente Kiir teria exigido a retirada dos artigos do comunicado que preconizam a inclusão obrigatória dos setes detidos políticos.
Fontes indicam que o primeiro-ministro etíope sublinhou que o comunicado foi adotado por todos os chefes de Estado e, enquanto Presidente da organização, não está habilitado a mudar um artigo sem a autorização dos outros.
-0- PANA AO/VAO/ASA/AAS/SOC/CJB/IZ 31mar2014
O porta-voz do Movimento Popular de Libertação do Sudão do Sul (SPLM), Hussein Mar Nyuot, disse à PANA que as duas partes concordaram em assinar as versões melhoradas de dois acordos principais, mas que os medianeiros exigiram a implicação de todas as partes.
No entanto, o porta-voz da delegação do Presidente Kiir às negociações indicou que a suspensão das negociações "ainda não foi oficialmente confirmada" e que era necessário esperar até esta terça-feira pela reunião da equipa da mediação.
“Não é ainda oficial. As questões pendentes serão esclarecidas até amanhã (terça-feira) ”, disse Michael Makwei, representante do Governo do Sudão do Sul.
O Presidente Kiir opõe-se à inclusão dos 11 detidos, dos quais sete foram libertados e entregues ao Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, pata facilitar as negociações de Addis Abeba.
As duas partes acordaram o princípio de assinar os documentos relativos à declaração de princípio que vai guiar as negociações para uma resolução política que porá termo à crise política iniciada a 15 de dezembro passado no Sudão do Sul.
“Estamos dispostos a assinar o acordo de declaração de princípio para orientar estas negociações, todavia o Governo recusou a inclusão dos sete detidos políticos que estão aqui e que, sabemos agora, não estão livres. Exigimos ainda a libertação de quatro outros”, disse Nyuot.
Nyuot, que era o governador adjunto do Estado de Jonglei antes do início do conflito atual, disse que os aliados do antigo Vice-Presidente, Riek Machar, estavam dispostos a prosseguir as negociações sem os detidos políticos para evitar que o processo de pôr fim à crise se atrase.
“Conseguimos entender-nos sobre a vasta agenda das negociações. Finalizamos dois documentos sobre a declaração de princípio, mas os medianeiros anunciaram que os documentos não podem ser assinados pelas apenas duas partes porque seria contrário ao comunicado dos chefes de Estado da IGAD”, disse Nyuot.
Algumas fontes indicam que o programa vai resultar na formação de um Governo provisório no Sudão do Sul para implementar um programa global de reformas.
O Presidente Kiir enviou uma mensagem especial ao primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, presidente da IGAD (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, questionando alguns artigos de um comunicado adotado durante a 25ª sessão da cimeira da IGAD em Addis Abeba.
Durante a cimeira, os líderes do Corno de África exigiram dos medianeiros que garantam o caráter inclusivo das negociações.
Defenderam sobretudo a inclusão dos 11 detidos políticos, a sociedade civil no Sudão do Sul e as outras partes julgadas necessárias pelos medianeiros.
“Os medianeiros perceberam a necessidade de prosseguir as consultas. Trabalhamos para a inclusão dos detidos. Queremos que os medianeiros desempenhem também o seu papel”, disse Nyuot.
O Presidente Kiir teria exigido a retirada dos artigos do comunicado que preconizam a inclusão obrigatória dos setes detidos políticos.
Fontes indicam que o primeiro-ministro etíope sublinhou que o comunicado foi adotado por todos os chefes de Estado e, enquanto Presidente da organização, não está habilitado a mudar um artigo sem a autorização dos outros.
-0- PANA AO/VAO/ASA/AAS/SOC/CJB/IZ 31mar2014