Supeito acusado de queimar Parlamento sul-africano confessa seu crime
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O homem acusado de ter causado vários milhões de dólares americanos de danos, ao incendiar o Parlamento sul-africano, confessou quinta-feira o seu crime, soube a PANA de fonte oficial.
Trata-se de Zandile Mafe, que declarou no Supremo Tribunal do Cabo Ocidental ter desencadeado o incêndio em janeiro de 2022 que destruiu várias partes da Assembleia Nacional, deixando o seu recinto gravemente danificado.
Foram precisos vários dias para bombeiros apagarem o incêndio nas instalações da casa de leis da África do Sul, que permanecem inocupadas.
Mafe, que foi detido no recinto do Parlamento pouco após o início do incêndio, foi objeto de uma avaliação psiquiátrica a fim de determinar se ele podia ser julgado.
A primeira avaliação, que concluiu que ela sofria de esquizofrenia, foi declarada ilegal, ao passo que as conclusões posteriores continuam sigilosas.
Quando Mafe entrou, quinta-feira última no Tribunal, ele pediu que o Parlamento fosse deslocalizado e ameaçou incendiá-lo de novo.
"Vocês devem deslocalizá-lo para Bloermfontein ou Pretória z (capital sul-africana). Ele deve ser deslocalizado, Ele deve ser deslocalizadoo. Eu queimei-o intencionalmente”, declarou o réu, acrescentando que "eu não quero Brancos neste país... Os Brancos são assassinos.”
O juiz Natham Erasmus adiou a audiência pois Mafe não cessava de gritar.
A 6 de setembro de 1966, o então primeiro-ministro Hendrikl Verwoerd, largamente considerado como o arquiteto do regime de apartheid, foi assassinado no Parlamento.
O seu assassino, Dimitry Tsafendas, declarado mentalmente não equilibrado para ser julgado, foi encarcerado num asilo para o resto da sua vida, tendo falecido em 1999.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/FK/DD 13julho2023