PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Suicídio entre as 10 principais causas de morte em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O suicídio está entre as 10 principais causas de morte em Cabo Verde, país onde nos últimos anos se regista um aumento do número de pessoas que põem termo à própria vida, apurou a PANA de fonte autorizada.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, a diretora nacional do Programa de Saúde Mental, Margarida Cardoso, chamou a atenção para a necessidade de serem tomadas medidas mais eficazes para prevenir o fenómeno.
“Para a integração e os cuidados primários da saúde mental é fundamental a formação do pessoal, o desenvolvimento dos protocolos terapêuticos e atendimentos na qual o Ministério da Saúde (MS), está a trabalhar em todos estes mecanismos de apoio para a prestação de um serviço de qualidade”, adiantou.
Segundo Margarida Cardoso, em termos de prevenção, o MS tem em prática ações protetoras de saúde para todo o tipo de patologia, sempre válida na prevenção em termos de manter os fatores de proteção organizados e estimular comportamentos saudáveis na família e na população.
Em 2011, foram registados 41 mortes por suicídio, sendo 36 homens e cinco mulheres, e, no ano de 2012, suicidaram-se 36 homens e oito mulheres, o que dá um total de 44 mortes por suicídio no ano transato, disse.
Por sua vez, o presidente da Associação de Promoção da Saúde Mental (APonte), o psiquiatra Daniel Silves Ferreira, revelou que a taxa de suicídio em Cabo Verde ronda os 16 por cada 100 mil habitantes, a média mundial, mas que, em alguns casos, o país fica um pouco acima desta média.
O psiquiatra, que fez estas afirmações na Cidade da Praia, antes da abertura de uma palestra sobre o tema “Estigma uma barreira importante na prevenção do suicídio”, disse também ser importante realçar que, em Cabo Verde, hoje em dia, o suicídio já é falado e abordado na comunidade, na comunicação social, e pelos políticos.
No entanto, ele considera que muitas intervenções que são feitas sobre este tema deixam de ser eficazes devido ao preconceito e estigma existentes em relação ao suicídio, tendo em conta que ele está associado às doenças mentais, particularmente à depressão e ao abuso do álcool.
“É preciso ultrapassar esses obstáculos, tendo em conta que as ações desenvolvidas em Cabo Verde podem ter resultados satisfatórios na prevenção do suicídio”, defendeu Daniel Ferreira.
Sublinhou que o suicídio é um fator que existe no país e é um “problema sério” que merece o envolvimento de todos para uma melhor inclusão das pessoas propensas para cometer este ato de desespero.
De acordo com o sociólogo César Monteiro, a ilha do Fogo tinha no passado o maior índice de suicídio a nível do arquipélago, mas, os dados estatísticos atuais indicam que este fenómeno está a ganhar uma projeção nacional, tendo em conta os fatores de risco sociais que têm contribuído para o aumento do número de pessoas que põe, termo à própria vida.
“Os fatores de risco como a droga, o álcool, a exclusão social, o estigma e o preconceito estão integrados na sociedade, dificultando a recuperação, integração ou reintegração”, frisou.
-0- PANA CS/IZ 11set2013
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, a diretora nacional do Programa de Saúde Mental, Margarida Cardoso, chamou a atenção para a necessidade de serem tomadas medidas mais eficazes para prevenir o fenómeno.
“Para a integração e os cuidados primários da saúde mental é fundamental a formação do pessoal, o desenvolvimento dos protocolos terapêuticos e atendimentos na qual o Ministério da Saúde (MS), está a trabalhar em todos estes mecanismos de apoio para a prestação de um serviço de qualidade”, adiantou.
Segundo Margarida Cardoso, em termos de prevenção, o MS tem em prática ações protetoras de saúde para todo o tipo de patologia, sempre válida na prevenção em termos de manter os fatores de proteção organizados e estimular comportamentos saudáveis na família e na população.
Em 2011, foram registados 41 mortes por suicídio, sendo 36 homens e cinco mulheres, e, no ano de 2012, suicidaram-se 36 homens e oito mulheres, o que dá um total de 44 mortes por suicídio no ano transato, disse.
Por sua vez, o presidente da Associação de Promoção da Saúde Mental (APonte), o psiquiatra Daniel Silves Ferreira, revelou que a taxa de suicídio em Cabo Verde ronda os 16 por cada 100 mil habitantes, a média mundial, mas que, em alguns casos, o país fica um pouco acima desta média.
O psiquiatra, que fez estas afirmações na Cidade da Praia, antes da abertura de uma palestra sobre o tema “Estigma uma barreira importante na prevenção do suicídio”, disse também ser importante realçar que, em Cabo Verde, hoje em dia, o suicídio já é falado e abordado na comunidade, na comunicação social, e pelos políticos.
No entanto, ele considera que muitas intervenções que são feitas sobre este tema deixam de ser eficazes devido ao preconceito e estigma existentes em relação ao suicídio, tendo em conta que ele está associado às doenças mentais, particularmente à depressão e ao abuso do álcool.
“É preciso ultrapassar esses obstáculos, tendo em conta que as ações desenvolvidas em Cabo Verde podem ter resultados satisfatórios na prevenção do suicídio”, defendeu Daniel Ferreira.
Sublinhou que o suicídio é um fator que existe no país e é um “problema sério” que merece o envolvimento de todos para uma melhor inclusão das pessoas propensas para cometer este ato de desespero.
De acordo com o sociólogo César Monteiro, a ilha do Fogo tinha no passado o maior índice de suicídio a nível do arquipélago, mas, os dados estatísticos atuais indicam que este fenómeno está a ganhar uma projeção nacional, tendo em conta os fatores de risco sociais que têm contribuído para o aumento do número de pessoas que põe, termo à própria vida.
“Os fatores de risco como a droga, o álcool, a exclusão social, o estigma e o preconceito estão integrados na sociedade, dificultando a recuperação, integração ou reintegração”, frisou.
-0- PANA CS/IZ 11set2013