Suécia iliba África do Sul do assassinato do PM Olof Palme
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Uma investigação sueca de alto nível sobre o assassinato, em 1986, do primeiro-ministro sueco, Olof Palme, ilibou esta quarta-feira os esquadrões da morte sul-africanos da era do Apartheid de qualquer implicação nesta morte.
Durante várias décadas, a África do Sul foi citada como estando implicada no assassinato que provocou uma onda de choque, no Mundo.
Durante uma conferência de imprensa realizada por visioconferência, em Estocolmo, o procurador do processo, Krister Petersson, disse que Stig Engstrom, artista gráfico de profissão, matou o primeiro-ministro sueco quando este regressava do cinema com a sua mulher.
Mas Engstrom faleceu em 2000, e então nenhuma acusação será proferida contra ele.
A África do Sul era suspeita devido às suas relações crimoniosas contra a Suécia, que reconheceu diplomaticamente o Congresso Nacional Africano (ANC), na altura fora-da-lei.
Várias organizações suecas também financiaram e apoiaram moralmente grupos de luta anti-Apartheid que estiveram sediadas na Europa.
Os responsáveis dos Serviços Secretos sul-africanos reuniram-se, em março último, em Pretória, com investigadores suecos e entregaram-lhes um dossiê de informação ligado a este assassinato.
Apesar de eles terem sido ilibados neste dossiê, os Serviços Secretos sob o regime de Apartheid estiveram ativamente implicados na desestabilização duma maior parte da África Austral e perpetraram vários ataques no estrangeiro.
Ruth First, um ativista antiapartheid de primeiro plano, foi morto em 1986, em Moçambique, por um pacote bomba, e Dulcie September, um outro ícone sul-africano da luta antiapartheid, foi assassinado, em 1988, em Paris.
-0- PANA CU/MA/NFB/IS/FK/IZ 10junho2020