PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Sudão reage à decisão do TPI de abandonar caso de crimes em Darfur
Cartum, Sudão (PANA) - O Presidente sudanês, Omar Al-Bashir, qualificou de "derrota" a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de pôr termo a investigações suplementares sobre os presumíveis crimes cometidos em Darfur e em resultado da "resistência do povo sudanês à sua hegemonia e à tentativa de toná-los submissos sob a pressão internacional"
Al-Bashir declarou que o TPI " é apenas um instrumento" nas mãos de algumas potências que escravizam e domesticam outros povos.
"O TPI estava a processar o chefe de Estado sudanês e alguns dos seus principais colaboradores por acusações de crime contra a humanidade", lembrou.
Mas sexta-feira última, a procuradora do TPI, Fatou Bensouda, indicou que o TPI sediado em Haia (Países Baixos) decidiu pôr termo aos inquéritos sobre os crimes de Darfur e às tentativas de deter Al-Bashir e seus colaboradores para julgamento por supostos crimes de guerra.
Ela citou a inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um esforço para evitar o esbanjamento dos magros recursos do TPI.
A Rádio oficial sudanesa Omdurman citou este domingo o Presidente Al-Bashir como tendo indicado durante uma reunião com a União dos Agricultores do Sudão Central que foi o apoio em massa do povo sudanês que obrigou o TPI a pôr termo aos inquéritos sobre as acusações proferidas contra ele e alguns dos seus colaboradores.
"O povo do Sudão rejeitou a humilhação e a degradação e obrigou o TPI a recuar", declarou sábado.
O Ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros afirmou, num longo comunicado difundido pela Agência Sudanesa de Notícias (SUNA), que, em primeiro lugar, o Governo do Sudão "não tem nada a ver" com o TPI, pois não é signatário do Tratado de Roma que instituiu o TPI.
Ele deplorou o facto de que alguns membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas acreditavam nos relatos da Rádio Dabanga "Holandesa" que agrupa elementos da oposição de Darfur.
O Ministério faz referência a um relatório sobre "as violações sexuais em massa cometidas por soldados sudaneses na aldeia de Thabit em Darfur-Norte" e afirma que as alegações foram publicadas pela Rádio dos Países Baixos a fim de sustentar a acusação contra Bashir e os seus colaboradores.
A Missão Conjunta da União Africana e Nações Unidas em Darfur (MINUAD), que se ocupava desta questão, solicitou um segundo inquérito sobre o caso mas o pedido foi rejeitado pelo Presidente Al-Bashir que exigiu a retirada da MINUAD de Darfur.
-0- PANA MO/VAO/ASA/BEH/FK/IZ 14dez 2014
Al-Bashir declarou que o TPI " é apenas um instrumento" nas mãos de algumas potências que escravizam e domesticam outros povos.
"O TPI estava a processar o chefe de Estado sudanês e alguns dos seus principais colaboradores por acusações de crime contra a humanidade", lembrou.
Mas sexta-feira última, a procuradora do TPI, Fatou Bensouda, indicou que o TPI sediado em Haia (Países Baixos) decidiu pôr termo aos inquéritos sobre os crimes de Darfur e às tentativas de deter Al-Bashir e seus colaboradores para julgamento por supostos crimes de guerra.
Ela citou a inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um esforço para evitar o esbanjamento dos magros recursos do TPI.
A Rádio oficial sudanesa Omdurman citou este domingo o Presidente Al-Bashir como tendo indicado durante uma reunião com a União dos Agricultores do Sudão Central que foi o apoio em massa do povo sudanês que obrigou o TPI a pôr termo aos inquéritos sobre as acusações proferidas contra ele e alguns dos seus colaboradores.
"O povo do Sudão rejeitou a humilhação e a degradação e obrigou o TPI a recuar", declarou sábado.
O Ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros afirmou, num longo comunicado difundido pela Agência Sudanesa de Notícias (SUNA), que, em primeiro lugar, o Governo do Sudão "não tem nada a ver" com o TPI, pois não é signatário do Tratado de Roma que instituiu o TPI.
Ele deplorou o facto de que alguns membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas acreditavam nos relatos da Rádio Dabanga "Holandesa" que agrupa elementos da oposição de Darfur.
O Ministério faz referência a um relatório sobre "as violações sexuais em massa cometidas por soldados sudaneses na aldeia de Thabit em Darfur-Norte" e afirma que as alegações foram publicadas pela Rádio dos Países Baixos a fim de sustentar a acusação contra Bashir e os seus colaboradores.
A Missão Conjunta da União Africana e Nações Unidas em Darfur (MINUAD), que se ocupava desta questão, solicitou um segundo inquérito sobre o caso mas o pedido foi rejeitado pelo Presidente Al-Bashir que exigiu a retirada da MINUAD de Darfur.
-0- PANA MO/VAO/ASA/BEH/FK/IZ 14dez 2014