Agência Panafricana de Notícias

Sudão quer enviar delegação militar ao Tchad

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- O Governo sudanês enviará uma delegação militar de alto nível ao Tchad para relançar um acordo precedentemente concluído sobre o controlo da fronteira entre os dois países que estiveram em pé de guerra.
O ministro sudanês dos Negócios Estrangeiros afirmou que as relações entre o seu país e o Tchad vão registar um progresso considerável nos próximos dias, depois de os dois países terem chegado a um acordo sobre os actos essenciais e fundamentais a levantar para redinamizar as relações diplomáticas entre os dois países.
O porta-voz do Ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros, Muawiya Osman Khalid, indicou durante uma conferência de imprensa segunda-feira que os acordos tinham sido assinados durante uma recente visita da delegação tchadiana com vista à cessação de todas as formas de hostilidade entre as duas partes.
O presidente da Comissão da União Africana (UA), Jean Ping, saudou o acordo concluído entre os dois países para normalizar as suas relações, deterioradas nestes últimos anos.
O responsável da União Africana acolheu bem "os resultados positivos realizados pelo Tchad e pelo Sudão, na sequência do encontro entre as delegações dos dois países a 25 de Dezembro corrente em Cartum, no Sudão.
Ele declarou-se encorajado pela decisão dos peritos militares e pelos da segurança dos dois países de se reunirem a 7 de Janeiro de 2010, em NDjamena, no Tchad, para reflectir sobre as modalidades do desdobramento da Força de Controlo na fronteira comum, nos melhores prazos.
A UA encoraja constantemente os dois países a normalizarem as suas relações.
Ping reiterou a disponibilidade da UA de apoiar os esforços dos dois países visando consolidar as conquistas e aplicar os acordos concluídos.
Os acordos concluídos entre as duas partes envolvem os sectores militar e a imprensa e visam reforçar as actividades políticas comuns através das trocas de delegações a diferentes níveis, incluindo a nível local, em cada um dos países.
Ele acrescentou que as duas partes manifestaram um ardente desejo de melhorar as suas relações.