PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Sudão Sul insta vizinhos a condenarem Sudão por bombardear seus poços de petróleo
Lamu, Quénia (PANA) – O Presidente do Sudão Sul, Salva Kiir, exortou sexta-feira os países vizinhos a condenarem o Sudão por ter bombardeado os seus poços de petróleo perto da controversa fronteira do Estado de Unity, no Sudão Sul.
"O nosso vizinho, o Sudão, não está contente com os novos desenvolvimentos tal como o evidencia o bombardeamento dos nossos poços de petróleo, numa altura em que me preparava para viajar para Nairobi", disse Kiir durante a cerimónia de lançamento das obras de construção do porto de Lamu.
O Sudão Sul denunciou que aviões de guerra sudaneses lançaram bombas a cerca de 75 quilómetros da fronteira litigiosa, no estado de Unity, provocando avultadas perdas de petróleo.
Disse que os bombardeamentos dos poços de petróleo na região poderão provocar uma catástrofe ecológica pois, alertou, destruiram o sistema de segurança dos poços, provocando uma enorme fuga de petróleo.
"Isto merece ser condenado", afirmou Salva Kiir, na presença do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, e do Presidente queniano, Mwai Kibaki, que assistiram à cerimónia oficial de lançamento das obras do porto de Lamu.
Por outro lado, ele felicitou o Quénia pelo lançamento das obras de construção do porto de Lamu, que o Sudão Sul considera como uma alternativa mais viável à canalização do petróleo para o Porto do Sudão, no norte.
Kiir disse que o porto e a rede rodoviária vão facilitar a integração entre as populações do Sudão Sul e reduzir os custos elevados do transporte dos produtos alimentares para o país.
"Trabalhamos em colaboração com amigos para construir estradas e corredores de transporte. Falta muito para tornar a economia do país competitiva. O que não é fácil para nós", afirmou o líder sul-sudanês.
O Sudão Sul e o Sudão, separados com base num acordo negociado durante seis anos e que pôs termo à mais longa guerra civil de África, assinaram recentemente um pacto de não agressão com a ajuda de medianeiros da União Africana (UA) em Addis Abeba, na Etiópia.
No entanto, os esforços para chegarem a um acordo final sobre as condições de partilha das receitas do petróleo e o uso das instalações de transporte do petróleo pertencentes ao Sudão do norte, continuam infrutíferos, apesar da contribuição ativa dos dirigentes quenianos e etíopes para o sucesso do processo.
As infraestruturas do porto de Lamu compreendem a construção de duas refinarias de petróleo, dois aeroportos, uma linha de caminho-de-ferro e e uma autoestrada para ligar Juba, a capital do Sudão Sul, a vários pontos da região, bem como um oleoduto que será uma alternativa conducente ao mar via Isiolo, no Quénia.
O corredor de Lamu consiste igualmente numa ligação ferroviária entre Addis Abeba e Lamu, bem como numa autoestrada que visa remediar a insuficiência de infraestruturas de transporte na região.
-0- PANA AO/VAO/ASA/AAS/SOC/CJB/DD 03março2012
"O nosso vizinho, o Sudão, não está contente com os novos desenvolvimentos tal como o evidencia o bombardeamento dos nossos poços de petróleo, numa altura em que me preparava para viajar para Nairobi", disse Kiir durante a cerimónia de lançamento das obras de construção do porto de Lamu.
O Sudão Sul denunciou que aviões de guerra sudaneses lançaram bombas a cerca de 75 quilómetros da fronteira litigiosa, no estado de Unity, provocando avultadas perdas de petróleo.
Disse que os bombardeamentos dos poços de petróleo na região poderão provocar uma catástrofe ecológica pois, alertou, destruiram o sistema de segurança dos poços, provocando uma enorme fuga de petróleo.
"Isto merece ser condenado", afirmou Salva Kiir, na presença do primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, e do Presidente queniano, Mwai Kibaki, que assistiram à cerimónia oficial de lançamento das obras do porto de Lamu.
Por outro lado, ele felicitou o Quénia pelo lançamento das obras de construção do porto de Lamu, que o Sudão Sul considera como uma alternativa mais viável à canalização do petróleo para o Porto do Sudão, no norte.
Kiir disse que o porto e a rede rodoviária vão facilitar a integração entre as populações do Sudão Sul e reduzir os custos elevados do transporte dos produtos alimentares para o país.
"Trabalhamos em colaboração com amigos para construir estradas e corredores de transporte. Falta muito para tornar a economia do país competitiva. O que não é fácil para nós", afirmou o líder sul-sudanês.
O Sudão Sul e o Sudão, separados com base num acordo negociado durante seis anos e que pôs termo à mais longa guerra civil de África, assinaram recentemente um pacto de não agressão com a ajuda de medianeiros da União Africana (UA) em Addis Abeba, na Etiópia.
No entanto, os esforços para chegarem a um acordo final sobre as condições de partilha das receitas do petróleo e o uso das instalações de transporte do petróleo pertencentes ao Sudão do norte, continuam infrutíferos, apesar da contribuição ativa dos dirigentes quenianos e etíopes para o sucesso do processo.
As infraestruturas do porto de Lamu compreendem a construção de duas refinarias de petróleo, dois aeroportos, uma linha de caminho-de-ferro e e uma autoestrada para ligar Juba, a capital do Sudão Sul, a vários pontos da região, bem como um oleoduto que será uma alternativa conducente ao mar via Isiolo, no Quénia.
O corredor de Lamu consiste igualmente numa ligação ferroviária entre Addis Abeba e Lamu, bem como numa autoestrada que visa remediar a insuficiência de infraestruturas de transporte na região.
-0- PANA AO/VAO/ASA/AAS/SOC/CJB/DD 03março2012