Sudaneses celebram mediação africana
Cartum, Sudão (PANA) - Jovens jubilosos impediram o professor Mohamed El Hassan Lebatt, mediador da União Africana (UA), de chegar ao seu carro, segunda-feira, ao sair do Friendship Hall, no centro de Cartum, onde os dois grupos sudaneses rivais se reuniram antes da assinatura da Declaração Constitucional.
Um grupo de jovens levantou Lebatt nos seus ombros, enquanto outros ao redor do seu carro gritavam o seu nome e Madania (termo árabe sudanês para Governo civil).
Foi uma cena rara após negociações, em que normalmente cada lado culpa o medianeiro por adotar o ponto de vista do outro.
No entanto, os jovens sudaneses concentraram-se em frente ao Salão da Amizade para acompanhar os resultados das negociações e a posterior assinatura da declaração constitucional que celebra este sucesso africano.
Por um tempo, o homem foi levantado no ar, como os jogadores de futebol fariam com o seu treinador depois de ganhar um grande troféu.
Em seguida, ele ficou de pé, a porta do seu carro abriu e os cantos dos jovens presentes acompanharam-no nos seus movimentos.
Uma mensagem no WhatsApp foi amplamente difundida entre grupos de jovens, felicitando o professor Lebatt e o medianeiro etíope, o embaixador Dirrir.
Mái tarde, Lebatt e Dirrir falaram ao público sudanês, ja não como medianeiros, mas como amigos próximos e patriotas.
No domingo, Dirrir disse que o acordo constitucional mostrou que: "Nós, africanos, somos capazes de resolver sozinhos os nossos problemas. A estabilidade do Sudão é a estabilidade de todo o continente africano.
O Professor Lebatt instou os Sudaneses a garantirem que o seu país permaneça independente e livre da intervenção estrangeira. "A revolução sudanesa é uma lição para todo o continente africano", afirmou.
-0- PANA MO/AR/AKA/IS/CJB/IZ 06ago2019