Solução à emigração clandestina começa nos países de origem, diz Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – O ministro líbio do Interior, Fathi Bachagha, afirmou quarta-feira que a solução à crise da emigração clandestina começa a partir do sul da Líbia e dos países africanos de origem destes migrantes, que tentam chegar à Europa à procura de uma vida melhor.
O governante líbio falava durante uma reunião com o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Luigi Di Maio, consagrada à busca de soluções para crise migratória.
Segundo Bachagha, a guerra contra a capital líbia, Tripoli, continua em curso em paralelo com "um armistício ainda frágil".
"A capital Tripoli está igualmente submetida a bombardeamentos quase diários, o que conduz a uma nova explosão (de migrantes) difícil a suportar, apesar da seriedade do Governo líbio no respeito da trégua", afirmou.
Relativamente à resolução da crise migratória, explicou que “a ideia de reinstalar migrantes é rejeitada e inaceitável para os Líbios, bem como qualquer outra questão que afete a soberania líbia”.
A reunião decorreu em Tripoli, na presença de uma delegação italiana que acompanha o ministro Di Maio, além do embaixador da Líbia junto da União Europeia e do diretor do Departamento Europeu do Ministério dos Negócios Estrangeiros, bem como alguns diretores de departamentos no Ministério líbio do Interior.
A Líbia é ao mesmo tempo um país de trânsito e de destino da emigração clandestina e regista, nos últimos anos, um fluxo considerável de migrantes, favorecido pela situação de insegurança que reina no país exacerbada pela escalada militar iniciada perto de Tripoli, desde 4 de abril último.
Devido à deterioração das condições de vida dos migrantes, as autoridades líbias decidiram, em colaboração com as organizações das Nações Unidas, encerrar os centros de acolhimento onde dois mil e 800 migrantes clandestinos estão retidos e encontrar uma nova alternativa na gestão do dossiê da emigração clandestina.
-0- PANA BY/BEH/MAR/IZ 12fev2020