Sociedade civil exige fecho da Igreja Universal em São Tomé
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) – O Movimento da Sociedade Civil são-tomense exigiu o encerramento da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), no arquipélago, bem como a libertação imediata do pastor são-tomense Iudumilo Costa, que cumpre uma pena de um ano de prisão, na Côte d'Ivoire.
Iudumilo Costa foi condenado, há um mês, pela Justiça ivoiriense por "crime de difamação e injúria" à honra da IURD, naquele país da África Ocidental.
A advogada Celisa Deus Lima, que lidera o movimento de apoio a Iudumilo Costa, considerou "desproporcional" a pena aplicada ao pastor são-tomense, que estava em missão da IURD.
Celisa Lima defende a reapreciação do caso por entender que o pastor são-tomense "não teve acesso a um advogado", pelo que o seu movimento está em contacto com os demais colegas, em São Tomé e no exterior, para que se lhe atribua um defensor.
“O pastor tinha direito a um processo justo, um julgamento justo e tinha que ter uma defesa, caso não fosse pelas autoridades da Côte d'Ivoire, deveria tê-lo sido pela Igreja Universal do Reino de Deus naquele país”, afirmou.
Celisa Deus Lima disse que a IUDRS é a autora da queixa-crime por ter obrigado o pastor Iudmilo Costa a confessar denúncias feitas por si, através de um perfil falso nas redes sociais que afetou a imagem da igreja naquele país.
A confissão “visava retirar a queixa na Polícia ivoiriense, antes do caso ser remetido para Justiça naquele país.
Durante uma conferência de imprensa, Celisa Deus Lima imputou toda a responsabilidade à igreja pela autoria da queixa, e exigiu que esta última aja no sentido de repatriar o cidadão são-tomense que se encontrava em missão da IURDS, na Côte d'Ivoire, há já quatro anos.
Pediu igualmente ao Governo são-tomense e ao Presidente da República para serem céleres nas diligências para a libertação do pastor, que "deve estar numa situação difícil".
A sua esposa Ana Paula Costa, que confessa ter recebido ordem de expulsão da Côte d'Ivoire pelos responsáveis máximos da igreja, diz que o casal foi alvos, nos últimos quatros anos, de maus tratos e atos de racismo, sobretudo após a chegada de pastores brasileiros, na congregação.
-0- PANA RMG/IZ 14out2019