Agência Panafricana de Notícias

Sismo de magnitude 5,1 registado em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde foi abalado na madrugada de quinta-feira, 26 de janeiro, por dois sismos, quase que em simultâneo, com magnitude 5,1 na escala de Richter, apurou a PANA de fontd segura.

O epicentro deste sismo é a região do sudoeste da ilha de Santo Antão, revelou a fonte, que disse não conhecer as consequências materiais ou vítimas da tragédia.

A informação foi avançada, em conferência de imprensa, por um geofísico, Bruno Faria, do Instituto Nacional de Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), sedeado na ilha de  São Vicente.

Assegurou que se tratou dum tremor de maior magnitude registado em todo o arquipélago nos últimos 10 anos.

Apesar da intensidade do sismo, percebido por muita gente nas ilhas de Santo Antão e de S. Vicente, não houve nenhum pedido de socorro até ao momento. 

“Até agora temos estado em sintonia com os serviços municipais de Santo Antão e não foi acionado nenhum pedido de socoroo. Algumas pessoas relataram tremores em casa, mas nada de grave”, assegurou o presidente do Serviço da Proteção Civil, Domingos Tavares, para quem o sismo não representou nenhum perigo para as pessoas residentes nas duas ilhas vizinhas.

No entanto, os dados apurados pelo INMG contrariam informações anteriores publicadas pelo portal volcanodiscovery.com, que falava numa magnitude de 5.3 e com um epicentro a 73 quilómetros da costa de Santo Antão.

Mas Bruno Faria explica que isso acontece porque os dados foram recolhidos de estações automáticas localizadas a uma grande distância.

“Tendo em conta que na zona do epicentro foi descoberto um campo eruptivo há cerca de 20 anos, é muito provável que este sismo esteja relacionado com o processo vulcânico”, disse o geofísico, garantindo que, apesar da intensidade dos sismos, a situação não representa nenhum perigo para a vida das pessoas residentes em Santo Antão e S. Vicente.

Para Bruno Faria, o registo de sismos nas proximidades de Santo Antão é algo corriqueiro.

Especificou que, a 8 de janeiro de 2015, foi produzido um sismo nessa região marítima com 4.5 de magnitude e, em 2012, já se tinha registado outro evento com 4.1 de potência.

No entanto, o geofísico defende o reforço da monitorização da atividade sísmica nessa área, o que, aliás, considera uma prioridade.

Faria lembra que os equipamentos das quatro estações existentes em Santo Antão estão a funcionar há 13 anos, pelo que, frisou, precisam de ser renovados e os abrigos reabilitados.

“A ilha Brava tem seis estações a cobrir os seus 64 quilómetros quadrados, enquanto Santo Antão tem uma área de 779 quilómetros quadrados e só quatro estações”, compara o geofísico.

No seu entender, deve-se instalar pelo menos mais quatro estações na chamada “ilha das montanhas”, mas adverte das dificuldades de recolha de dados provocados pela própria orografia de Santo Antão.

Defendeu que essa medida deveria ser implementada após um minucioso estudo técnico para facilitar a captação de sinais dos repetidores.

Apesar da intensidade do sismo, percebido por muita gente nas ilhas de Santo Antão e S. Vicente, não foi registado nenhum caso digno de emergência.

Por sua vez, o presidente da Proteção Civil, Domingos Tavares, afirma que não houve nenhum pedido de socorro até ao momento. 

“Até agora temos estado em sintonia com os serviços municipais de Santo Antão, e não foi acionado nenhum pedido de socoroo. Algumas pessoas relataram tremores em casa, mas nada de grave”, garantiu Tavares, para quem o sismo não representou nenhum perigo para as pessoas residentes nas duas ilhas vizinhas.

-0- PANA CS/DD 26jan2023