Sindicato de jornalistas denuncia pressões do Governo contra imprensa na Tunísia

Túnis, Tunísia (PANA) – O sindicato dos jornalistas tunisinos denunciou as pressões e ameaças exercidas pelas autoridades do país contra correspondentes da imprensa internacional que cobrem eventos e manifestações na Tunísia, de acordo com um comunicado da referida entidade publicado no fim de semana passado em Túnis.

Intitulado « O Ministério do Interior Retoma a sua Política de Opressão contra os Jornalistas », o comunicado denunciou as ameaças exercidas contra o correspondente da cadeia norte-americana « al-Hurra » por agentes de segurança à paisana quando este último cobria uma marcha pacífica na avenida Bourguiba, em Túnis.

Um dos auxiliares da segurança confiscou o seu cartão de imprensa e um outro arrancou-lhe um seu telemóvel para o impedir de cobrir atos de violência contra manifestantes.

O sindicato denunciou com veemência o regresso a atos de violência contra jornalistas e responsabiliza o primeiro-ministro, Youssef Chahed, e o Presidente da República, Beji Caid el Sebsi, pelo desprezo pelo Estado da liberdade da imprensa e dos jornalistas.

O sindicato declarou-se preocupado com estas práticas que lembram a época do despotismo avertindo o ministro tunisino do Interior, Lofti Brahim, de que ele uma má reputação nas suas relações passadas com jornalistas e defensores dos direitos humanos.

O sindicato acusou Brahim de ter lançado seus auxiliares contra jornalistas imediatamente após a sua nomeação para o cargo.

Jornalistas tunisinos anunciaram informar o relator especial das Nações Unidas sobre o Reforço e Proteção da Liberdade de Expressão e de Opinião sobre a situação do direito dos jornalistas de exercerem a sua profissão na Tunísia.

Também lhe pedem para se deslocar com urgência à Tunísia para constatar estas violações contra a imprensa.

-0- PANA YY/IN/BEH/FK/DD 30jan2018