Agência Panafricana de Notícias

Sete jornalistas assassinados em 3 anos na RD Congo

Paris- França (PANA) -- Pelo menos sete jornalistas morreram em três anos na RD Congo, um dos países africanos entre os mais perigosos para os profissionais da imprensa, declarou segunda-feira à noite em Paris o jornalista e escritor congolês Freddy Mulongo.
"Na RD Congo, os jornalistas não têm outra escolha senão a prisão, o exílio ou a morte", disse Mulongo durante uma conferência de imprensa de apresentação do seu livro intitulado "As Dez Perguntas.
O Congo Pós-Kabila pela Diáspora Congolesa".
"Os assassinatos dos nossos sete colegas nunca foram elucidados, o poder de Kinshasa recusa-se sempre a levar a cabo investigações sérias", lamentou Mulongo, que criou em 1999 em Kinshasa a estação de rádio Réveil FM.
O jornalista congolês, que vive exilado em França, deplorou o desvio da Alta Autoridade da Imprensa (HAM), acusando-a de se tornar um órgão de repressão da imprensa congolesa.
"A HAM já não faz realmente regulação.
Ela é antes um coveiro da liberdade da imprensa no Congo.
Ouviu-se pouco a alta autoridade sobre os diferentes assassinatos dos jornalistas congoleses", disse o fundador da Réveil FM e ex-presidente da Associação das Rádios Associativas e Comunitárias do Congo (ARCO).
Várias ONG de defesa da liberdade da imprensa, incluindo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e a Jornalistas em Perigo (JED), denunciam regularmente os atentados à liberdade da imprensa e de expressão na RD Congo.