PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Serviços de Inteligência gambianos ameaçam encerrar rádio local
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – A Agência Nacional de Inteligência gambiana (NIA, sigla em inglês) obrigou a rádio comunitária "Taranga FM" a suspender a sua popular emissão de informações pela segunda vez este ano, indicou o Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ), citando a imprensa local.
Num comunicado divulgado a partir da sua sede em Nova Iorque este fim de semana, o CPJ declara que a NIA ameaçou encerrar a Taranga FM se esta não suspender a difusão dos seus programas diários de informação em ouolof e em mandingue.
A taxa de alfabetização dos adultos é de menos de 50 porcento na Gâmbia, segundo as estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e estes programas, que permitem a leitura dos jornais gambianos nas línguas locais, são fontes essenciais de informação para uma parte importante da população.
Esta ameaça de censura surge apenas uma semana depois de o ministro gambiano dos Negócios Estrangeiros, Momodou Tangara, declarar durante um fórum para a imprensa pública patrocinada pela Commonwealth (comunidade dos países anglófonos), da qual a Gâmbia é um Estado-membro, que o seu Governo estava engajado numa reforma da imprensa.
« Condenamos este ato ilegal de censura política visando encerrar a Taranga FM antes das eleições presidenciais de novembro próximo », declarou o coordenador do CPJ para África, Mohamed Keita.
Ele apelou ao Presidente gambiano, Yahya Jammeh, para fazer respeitar o Estado de Direito na Gâmbia, sentenciando que a Taranga FM "deve ser autorizada a realizar a sua missão de informação do público sobre os assuntos correntes sem ingerência do Governo”.
Segundo o CPJ, a NIA suspendeu as emissões da Taranga FM durante 32 dias em janeiro e fevereiro últimos.
Numa carta à rádio em fevereiro, o secretário-geral dos Serviços Presidenciais Gambianos, H.M Tambedou , «autorizou » a Taranga FM a retomar as suas emissões contanto que esta deixasse de fazer as suas habituais revistas de imprensa dos jornais « da oposição », nomeadamente publicações independentes como Foroyaa, Daily News e The Point, segundo o grupo de defesa da liberdade de imprensa sediado no Gana, a Fundação da Imprensa da África Ocidental.
A NIA enviou o novo ultimato ao diretor-geral da Taranga FM, Ismaila Cessay, quarta-feira última, depois de convocar a sua direção, segundo a imprensa local.
Os programas de informação da Taranga FM são difundidos três vezes por dia, de segunda-feira a sábado, e a rádio pratica a autocensura desde o seu regresso às ondas em fevereiro último, segundo a imprensa local.
Vários anos de repressão brutal das reportagens críticas pelo Governo de Jammeh fizeram da Gâmbia um dos países mais repressivos para os jornalistas em África, de acordo com o CPJ.
Neste quadro, a Administração de Jammeh encerrou três rádios independentes (Citizen FM, Radio 1 FM e uma representação local da rádio senegalesa Sud FM) e o jornal "The Independent", obrigando a imprensa a autocensurar-se e os jornalistas a exilar-se.
Segundo o CPJ, a NIA não procedeu somente a encerramentos arbitrários de órgãos de imrensa, mas está igualmente implicada na detenção extrajudicial e na tortura de jornalistas.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/SOC/FK/IZ 14agosto2011
Num comunicado divulgado a partir da sua sede em Nova Iorque este fim de semana, o CPJ declara que a NIA ameaçou encerrar a Taranga FM se esta não suspender a difusão dos seus programas diários de informação em ouolof e em mandingue.
A taxa de alfabetização dos adultos é de menos de 50 porcento na Gâmbia, segundo as estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e estes programas, que permitem a leitura dos jornais gambianos nas línguas locais, são fontes essenciais de informação para uma parte importante da população.
Esta ameaça de censura surge apenas uma semana depois de o ministro gambiano dos Negócios Estrangeiros, Momodou Tangara, declarar durante um fórum para a imprensa pública patrocinada pela Commonwealth (comunidade dos países anglófonos), da qual a Gâmbia é um Estado-membro, que o seu Governo estava engajado numa reforma da imprensa.
« Condenamos este ato ilegal de censura política visando encerrar a Taranga FM antes das eleições presidenciais de novembro próximo », declarou o coordenador do CPJ para África, Mohamed Keita.
Ele apelou ao Presidente gambiano, Yahya Jammeh, para fazer respeitar o Estado de Direito na Gâmbia, sentenciando que a Taranga FM "deve ser autorizada a realizar a sua missão de informação do público sobre os assuntos correntes sem ingerência do Governo”.
Segundo o CPJ, a NIA suspendeu as emissões da Taranga FM durante 32 dias em janeiro e fevereiro últimos.
Numa carta à rádio em fevereiro, o secretário-geral dos Serviços Presidenciais Gambianos, H.M Tambedou , «autorizou » a Taranga FM a retomar as suas emissões contanto que esta deixasse de fazer as suas habituais revistas de imprensa dos jornais « da oposição », nomeadamente publicações independentes como Foroyaa, Daily News e The Point, segundo o grupo de defesa da liberdade de imprensa sediado no Gana, a Fundação da Imprensa da África Ocidental.
A NIA enviou o novo ultimato ao diretor-geral da Taranga FM, Ismaila Cessay, quarta-feira última, depois de convocar a sua direção, segundo a imprensa local.
Os programas de informação da Taranga FM são difundidos três vezes por dia, de segunda-feira a sábado, e a rádio pratica a autocensura desde o seu regresso às ondas em fevereiro último, segundo a imprensa local.
Vários anos de repressão brutal das reportagens críticas pelo Governo de Jammeh fizeram da Gâmbia um dos países mais repressivos para os jornalistas em África, de acordo com o CPJ.
Neste quadro, a Administração de Jammeh encerrou três rádios independentes (Citizen FM, Radio 1 FM e uma representação local da rádio senegalesa Sud FM) e o jornal "The Independent", obrigando a imprensa a autocensurar-se e os jornalistas a exilar-se.
Segundo o CPJ, a NIA não procedeu somente a encerramentos arbitrários de órgãos de imrensa, mas está igualmente implicada na detenção extrajudicial e na tortura de jornalistas.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/SOC/FK/IZ 14agosto2011