PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Sepp Blatter reeleito à frente da FIFA
Lagos, Nigéria (PANA) - O Suíço Sepp Blatter foi reeleito quarta-feira, em Zurique, à frente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para um mandato de quatro anos, anunciou a instância dirigente do futebol mundial no seu site Internet.
Único candidato à sua própria sucessão, Blatter, de 75 anos de idade, obteve 186 votos em 203 possíveis.
Esta eleição foi precedida, na véspera, por um apelo da agência mundial anticorrupção "Transparência Internacional (TI)" para o seu adiamento, para permitir um inquérito independente sobre acusações de corrupção levantadas contra os dirigentes da FIFA.
A TI argumentou que um escrutínio livre e transparente "não pode ter lugar quando há suspeitas de que os eleitores podem ser influenciados", e citou como exemplo o facto de que
duas personalidades do mundo do futebol foram suspensas recentemente por terem alegadamente vendido os seus votos.
"Os mandatários da FIFA sabem que é preciso arrumar a casa se eles desejam que a sua votação seja legítima", declarou Silvia Schenk, conselheira principal da TI para o Desporto, num comunicado transmitido à PANA em Lagos.
Segundo ela, o mundo inteiro está com os olhos virados para os mandatários da FIFA e que esta devia dar um exemplo melhor aos seus biliões de apoiantes, em particular aos jovens "que encontram inspiração e modelos no desporto".
Porque os trabalhos do Comite de Ética da FIFA foram até aqui mantidos em segredo, prosseguiu, o inquérito deve ser dirigido abertamente para assegurar a sua imparcialidade e a sua transparência.
Por outro lado, a TI convidou a FIFA a estabelecer regras claras sobre o tratamento das alegações de corrupção e definir as responsablidades.
A organização preconizou igualmente a nomeação dum mediador, a revisão dos Códigos de Ética em vigor, incluindo o relativo às competências do Comité de Ética, a introdução de cláusulas de conformidade para todos os contratos, dos quais os referentes ao apoio financeiro às federações-membros e a revisão dos procedimentos de concursos para eventos assim como os contratos relativos aos direitos de transmissão televisiva e ao patrocínio.
A FIFA ficou abalada por uma série de acusações de corrupção levantadas contra alguns membros seus relativamente à Organização dos Mundiais de 2018 e de 2022 e à própria eleição de quarta-feira.
Domingo passado, dois membros do Comité Executivo da FIFA, designadamente Jack Warner e Mohammed Bin Hamman, foram suspensos por ter alegadamente subornado eleitores em previsão da eleição do presidente da FIFA, obrigando à retirada da candidatura deste último à cadeira máxima do órgão reitor do futebol mundial.
Dois outros membros da Comite Executivo e vários outros oficiais já foram suspensos por terem aceite subornos para a atribução das competições da FIFA de 2018 e 2022.
-0- PANA SEG/FJG/ASS/TBM/DIM/IZ 01junho2011
Único candidato à sua própria sucessão, Blatter, de 75 anos de idade, obteve 186 votos em 203 possíveis.
Esta eleição foi precedida, na véspera, por um apelo da agência mundial anticorrupção "Transparência Internacional (TI)" para o seu adiamento, para permitir um inquérito independente sobre acusações de corrupção levantadas contra os dirigentes da FIFA.
A TI argumentou que um escrutínio livre e transparente "não pode ter lugar quando há suspeitas de que os eleitores podem ser influenciados", e citou como exemplo o facto de que
duas personalidades do mundo do futebol foram suspensas recentemente por terem alegadamente vendido os seus votos.
"Os mandatários da FIFA sabem que é preciso arrumar a casa se eles desejam que a sua votação seja legítima", declarou Silvia Schenk, conselheira principal da TI para o Desporto, num comunicado transmitido à PANA em Lagos.
Segundo ela, o mundo inteiro está com os olhos virados para os mandatários da FIFA e que esta devia dar um exemplo melhor aos seus biliões de apoiantes, em particular aos jovens "que encontram inspiração e modelos no desporto".
Porque os trabalhos do Comite de Ética da FIFA foram até aqui mantidos em segredo, prosseguiu, o inquérito deve ser dirigido abertamente para assegurar a sua imparcialidade e a sua transparência.
Por outro lado, a TI convidou a FIFA a estabelecer regras claras sobre o tratamento das alegações de corrupção e definir as responsablidades.
A organização preconizou igualmente a nomeação dum mediador, a revisão dos Códigos de Ética em vigor, incluindo o relativo às competências do Comité de Ética, a introdução de cláusulas de conformidade para todos os contratos, dos quais os referentes ao apoio financeiro às federações-membros e a revisão dos procedimentos de concursos para eventos assim como os contratos relativos aos direitos de transmissão televisiva e ao patrocínio.
A FIFA ficou abalada por uma série de acusações de corrupção levantadas contra alguns membros seus relativamente à Organização dos Mundiais de 2018 e de 2022 e à própria eleição de quarta-feira.
Domingo passado, dois membros do Comité Executivo da FIFA, designadamente Jack Warner e Mohammed Bin Hamman, foram suspensos por ter alegadamente subornado eleitores em previsão da eleição do presidente da FIFA, obrigando à retirada da candidatura deste último à cadeira máxima do órgão reitor do futebol mundial.
Dois outros membros da Comite Executivo e vários outros oficiais já foram suspensos por terem aceite subornos para a atribução das competições da FIFA de 2018 e 2022.
-0- PANA SEG/FJG/ASS/TBM/DIM/IZ 01junho2011