Senegal levanta recolher obrigatório e reabre fronteiras aéreas
Dakar, Senegal (PANA) - O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou, segunda-feira à noite, o levantamento, a partir desta terça-feira, 30 de junho, do recolher obrigatório e do Estado de Emergência decretados a 23 de março último, para conter a propagação do coronavírus (covid-19).
Numa mensagem à nação, ele indicou que a reabertura das fronteiras aéreas se fará a 15 de julho próximo, enquanto os voos internacionais retomarão brevemente conforme um protocolo sanitário definido, mas as fronteiras terrestres e marítimas continuarão fechadas até nova ordem.
"Ao levantar o Estado de emergência, eu lembro ao mesmo tempo que a emergência sanitária permanece e ela impõe-nos um dever de vigilância, um dever de responsabilidade individual e coletiva. O perigo está presente e nós devemos continuar a luta”, declarou o líder senegalês.
"Meus caros compatriotas, protejamo-nos, protejamos as nossas famílias, as nossas comunidades e o nosso país para que viva o Senegal em boa saúde, com paz, estabilidade e prosperidade”, acrescentou o Presidente Sall.
Ele também anunciou o recrutamento em 2020-2021 de 500 médicos e mil enfermeiros, parteiras e outros empregados sanitários para reforçar o sistema de saúde.
"O Governo estabelecerá no período de 2020-2024 uma ambiciosa estratégia de modernização do setor da saúde e ação social através do plano de investimento para um sistema sanitário resiliente e eficaz que será adotado brevemente por um conselho presidencial”, afirmou o Presidente senegalês.
Exortou os seus compatriotas a ficar« de pé e combativos” e a contar com as próprias forças para enfrentar dois desafios maiores, o da saúde e o da economia.
Sobre o impacto económico da pandemia, o chefe de Estado senegalês declarou que segundo as projeções, a taxa de crescimento económico do país diminuirá de 6,80 porcento para um porcento ou menos.
"Devemos lutar para preservar as nossas vidas e a nossa saúde e retomar todas as nossas atividades produtivas para relançar totalmente a nossa economia. Da mesmo forma que não podemos deixar o vírus as nossas vidas e a nossa saúde, nem lhe podemos deixar a vida e a saúde da nossa economia”, disse.
Desde 2 de março último, data do surto da COVID-19 no país, o Senegal registou seis mil 698 casos positivos dos quais quatro mil 341 recuperações e 108 mortes.
As províncias de Dakar, Diourbel e Thiès constituem os epicentros da doença, concentrando 92 porcento dos casos positivos à Covid-19.
"Nestas três províncias, convém então redobrar da vigilância e esforços para pôr termo à propagação da doença ao intensificar as campanhas de proximidade”, sugeriu o Presidente Sall.
-0- PANA AAS/IS/FK/IZ 30junho2020