Semanário Fraternité suspenso no Togo por "violar" regras profissionais
Lomé, Togo (PANA) - O semanário Fraternité não estará nos quiosques, a partir de 1 de abril próximo, para cumprir dois meses de suspensão infligida pela Alta Autoridade do Audiovisual e Comunicação (HAAC) por alegado desrespeito das regras profissionais e violação do Código da Imprensa e Comunicação do Togo.
Segundo um comunicado do órgão de regulação da imprensa transmitido esta terça-feira à PANA, em Lomé, depois da publicação de um artigo que "violou gravemente" as regras da profissão, o diretor do jornal fez "declarações indelicadas, injuriosas e difamatórias" contra a HACC.
O artigo em causa apareceu na edição 353 de 25 de março, sob o tíitulo “Suspensão dos Jornais L'Alternative e Liberté, zelo…e nada mais", criticando a HAAC por ter tomado a decisão de suspender dois jornais sob queixa do embaixador de França, no Togo.
O artigo não teria agradado o órgão regulador da imprensa que convocou o diretor do Fraternité para uma audição.
Mas ele fez "declarações indelicadas, injuriosas e difamatórias a respeito dos membros da HACC”, para além de violações profissionais graves constantes do artigo de 25 de março de 2020 sobre as medidas disciplinares tomadas contra os jornais L’Alternative e Liberté, segundo a HAAC.
A HAAC, que considera o contéudo do artigo e as suas declarações como violações às regras da profissão, ao código de deontologia e ao código da imprensa, decidiu suspender o jornal por dois meses, a partir de 1 de abril.
A 23 de março último, o jornal bissemanário L'Alternative e o diário Liberté, muito críticos ao o poder instituído, foram suspensos respetivamente por dois meses e 15 dias, sob queixa do embaixador de França, no Togo.
O Fraternité denunciou tais medidas disciplinares, em apoio aos dois jornais suspensos.
No espaço de uma semana, são três jornais críticos ao poder que sofreram sanções de suspensão, pelos mesmos motivos.
-0- PANA FAA/IS/MAR/IZ 31março2020